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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

República - um encontro cultural no Rio


República 2014 - debates e desconferências

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'Vim aqui me ver, vim aqui me visitar', diz Gilberto Gil em participação na República

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Violão e voz em pocket show para os presentes
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Gilberto Gil conversa com centenas de ativistas culturais durante a República
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Filipe Altenfelder, Anderson Foca, Pablo Capilé, Pedro Tourinho, Claudio Prado e Ynaiã Benthroldo participaram do debate ao lado de Gil
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Na presença de Gil foi inaugurado um grande monumento de bambu em formato de Geodésica, em construção coletiva .
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Ativismo, música, cultura, atropofagismo e amor foram algumas tags levantadas na fala de abertura
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Gilberto Gil e seu violão na República
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Foto de Gil com os participantes da República ao final do debate
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domingo, 16 de junho de 2013

Ciberespaço, ativismo digital e ocupação do espaço público

Fonte: Fronteiras do Pensamento

15 jun
2013
Manuel Castells analisa as manifestações em São Paulo
por Equipe Fronteiras

Sociólogo espanhol, Manuel Castells esteve no Fronteiras do Pensamento 2013 para a conferência Redes de indignação e esperança, homônima à sua mais recente obra, a ser lançada no Brasil em setembro (editora Zahar). Em São Paulo, no preciso momento de sua fala no Teatro Geo (11/06), a Avenida Paulista era espaço de tensão entre a polícia militar e os manifestantes contra o aumento das passagens de ônibus. Questionado pelo público sobre o que estava acontecendo na cidade, Manuel Castells respondeu:
Todos estes movimentos, como todos os movimentos sociais na história, são principalmente emocionais, não são pontualmente indicativos. Em São Paulo, não é sobre o transporte. Em algum momento, há um fato que traz à tona uma indignação maior. Por isso, meu livro se chama REDES de indignação e de esperança. O fato provoca a indignação e, então, ao sentirem a possibilidade de estarem juntos, ao sentirem que muitos que pensam o mesmo fora do quadro institucional, surge a esperança de fazer algo diferente. O quê? Não se sabe, mas seguramente não é o que está aí. Porque, fundamentalmente, os cidadãos do mundo não se sentem representados pelas instituições democráticas. Não é a velha história da democracia real, não. Eles são contra esta precisa prática democrática em que a classe política se apropria da representação, não presta contas em nenhum momento e justifica qualquer coisa em função dos interesses que servem ao Estado e à classe política, ou seja, os interesses econômicos, tecnológicos e culturais. Eles não respeitam os cidadãos. É esta a manifestação. É isso que os cidadãos sentem e pensam: que eles não são respeitados.
Então, quando há qualquer pretexto que possa unir uma reação coletiva, concentram-se todos os demais. É daí que surge a indicação de todos os motivos - o que cada pessoa sente a respeito da forma com que a sociedade em geral, sobretudo representada pelas instituições políticas, trata os cidadãos. Junto a isso, há algo a mais. Quando falo do espaço público, é o espaço em que se reúne o público, claro. Mas, atualmente, esse espaço é o físico, o urbano, e também o da internet, o ciberespaço. É a conjunção de ambos que cria o espaço autônomo. Porém, o espaço físico é extremamente importante, porque a capacidade do contato pessoal na grande metrópole está sendo negada constantemente. Há uma destituição sistemática do espaço público da cidade, que está sendo convertido em espaço comercial. Shopping centers não são espaços públicos, são espaços privados organizando a interação das pessoas em direção a funções comerciais e de consumo. Os cidadãos resistem a isso.
Veja que interessante é o caso da Praça Taksim e do Parque Gezi, em Istambul. Há meses, eles estão protestando contra a destruição do último parque no centro histórico da cidade, onde seria construído um shopping center, um complexo dedicado aos turistas, que nega aos jovens o espaço que poderiam ter para se relacionar com a natureza, para se reunir, para existir como cidadãos. Portanto, é a negação do direito básico à cidade. O direito, como disse Henri Lefebvre, de se reunir e ocupar um espaço sem ter que pagar, sem ter que consumir ou pedir permissão a autoridades. Por isso, tenta-se ultrapassar a lógica da liberdade na internet à liberdade no espaço urbano.
Eu não posso opinar diretamente sobre os movimentos que estão acontecendo neste momento aqui em São Paulo, mas há algumas características de tentar manifestar que a cidade é dos cidadãos. E este é o elemento fundamental em todas as manifestações que eu observei no mundo.
O que muda atualmente é que os cidadãos têm um instrumento próprio de informação, auto-organização e automobilização que não existia. Antes, se estavam descontentes, a única coisa que podiam fazer era ir diretamente para uma manifestação de massa organizada por partidos e sindicatos, que logo negociavam em nome das pessoas. Mas, agora, a capacidade de auto-organização é espontânea. Isso é novo e isso são as redes sociais. E o virtual sempre acaba no espaço público. Essa é a novidade. Sem depender das organizações, a sociedade tem a capacidade de se organizar, debater e intervir no espaço público.

domingo, 1 de julho de 2012

Subversão publicitária





Pra ir de encontro com uma peça publicitária excelente e convincente: subversão de um mesmo discurso.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sopa, Pipa, Anonymous... velhas lutas nos novos meios

A guerra na rede

Fonte: Autoria em Rede 

post de Bia Martins

23/01/2012

A semana passada marcou a passagem para um novo patamar na luta pela liberdade na rede. Por um lado, houve a maior ameaça de todas para a cultura digital, com a possibilidade de aprovação dos projetos Stop Online Piracy Act (SOPA) e PROTECT IP Act (PIPA) pelo Congresso americano. (Leia mais sobre o SOPA neste post.) Mas, por outro, a potência de resistência da rede se mostrou como nunca.

Na quarta-feira, dia 18 de janeiro, milhares de sites em todo mundo estiveram fora do ar para protestar contra essas proposições, liderados pela gigante Wikipedia. A mobilização resultou em milhões de emails de protesto sendo enviados para os congressistas que acabaram adiando a votação do projeto. Não se pode dizer que desistiram da ideia, mas sem dúvida perceberam que votar contra a liberdade da rede pode representar uma enorme perda de votos.

No dia seguinte, como numa retaliação, o FBI fechou o site Megaupload, um serviço de compartilhamento de arquivos, por onde circulavam filmes e músicas protegidos por direito autoral, mas também muito material livre, arquivos produzidos pelas próprias pessoas que tinham ali um meio de partilhá-los com seus amigos.

Em seguida, o grupo de ciberativistas Anonymous retirou do ar os sites da Motion Picture Association of America (MPAA), da Recording Industry Association of America (RIAA), do Departamento de Copyright da Casa Branca e até mesmo do FBI, entre outros, deixando evidente que o jogo de forças nesse conflito está longe de ser definido.

O interessante, a meu ver, é perceber como mudaram as armas de combate. Na guerra em rede, a resistência ao controle tem o poder de desestabilizar o sistema num novo paradigma no qual a inteligência, ou a potência cognitiva, pode rapidamente mudar o placar. O grande diferencial é que poder econômico não pode mais querer dar as regras sem ter que enfrentar a força dos que lutam para manter a Internet livre.

Tenho defendido que a livre circulação das informações e, portanto, da cultura e do conhecimento, é parte da dinâmica do capitalismo atual, de caráter cognitivo, e por isso mesmo é irrefreável. Pode-se até tentar deter o fluxo, como tem sido feito, mas a dinâmica do compartilhamento é algo tão intrínseco à rede e já tão incorporado como prática social que não tem como voltar atrás.
Resta-nos, então, aguardar os próximos rounds da batalha.

Deixo aqui alguns links para dois artigos interessantes sobre o tema:

EUA farão do combate à pirataria a nova guerra às drogas, diz analista – entrevista com Sergio Amadeu.

Saiba quem são os Anonymous, que derrubaram o site do FBI

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veja aqui uma das mensagens do Anonymous:


segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ministério da Cultura, cultura, rumos da prosa...

Remixofagia – a cultura é de todos

Fonte: Autoria em Rede


O vídeo “Remixofagia – Alegorias de uma revolução” mostra em pouco mais de 15 minutos a riqueza e a potencialidade do trabalho que estava sendo feito pelo Ministério da Cultura no governo Lula, primeiro com Gilberto Gil e depois com Juca Ferreira. Gestões antenadas com as novas tecnologias de comunicação, ao mesmo tempo em que resgatavam o espírito antropofágico da cultura brasileira. O resultado: uma multidão de agentes culturais produzindo e trocando pelo vasto território nacional através dos Pontos de Cultura.

O vídeo pode ajudar a entender o que está por trás da disputa em torno da política do atual MinC, com Ana de Hollanda à frente, que privilegia a cultura como negócio produzido pelas indústrias cultural e criativa. Falam agora em levar cultura ao povo, defendem uma cultura de elite, profissional, em contraste com a cultura “amadora” gerada pelo próprio povo. São dois entendimentos opostos sobre o que é cultura e, acima de tudo, sobre o que um governo do Partido dos Trabalhadores, portanto de perfil popular e social, deva fazer nesse campo.

Vale ver e divulgar!




Remixofagia – Alegorias de uma revolução from FLi Multimídia on Vimeo.