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sábado, 30 de janeiro de 2016

Os celulares e a sociabilidade

Smartphone é o principal instrumento de acesso à web do brasileiro

Pesquisa da Millward Brown patrocinada pela Zenvia mostra que o Facebook impera entre os conteúdos mais acessados, com os entrevistados entrando na rede social até quatro vezes por dia.


ilustra pesquisa zenvia millwardbrownO Brasil é o maior mercado de Internet móvel da América Latina, o smartphone tem a preferência de 90% dos usuários de dispositivos móveis, e 58% dos entrevistados continuam utilizando planos pré-pagos. As conclusões são da pesquisa “MMA Mobile Report 2015”, patrocinada pela Zenvia, líder brasileira em serviços de mobilidade, e desenvolvida pela Millward Brown em parceria com a Mobile Marketing Association (MMA).

O objetivo do levantamento foi compreender o perfil, o comportamento e as preferências dos usuários de Internet móvel no Brasil. Participaram do estudo 1,2 mil pessoas com acesso à Internet, com idades entre 14 e 55 anos, das classes A, B e C, em nove cidades brasileiras. Os entrevistados foram divididos em quatro categorias: millenials (de 14 a 24 anos), gen Y (de 25 a 34 anos), gen X (de 35 a 44 anos) e boomers (de 45 a 55 anos).

Entre os usuários de dispositivos móveis, o smartphone é o aparelho mais comum (90%). O sistema operacional mais usado é o Android (78%) e o fabricante mais popular é a Samsung (34%). O estudo revela que mais da metade dos usuários têm plano pré-pago (58%), gastam de R$ 10,00 a R$ 70 com créditos mensalmente, e 60% possuem planos de dados.

De acordo com a pesquisa, 93% dos entrevistados passam mais tempo conectados em suas residências, onde a conexão é melhor. No entanto, mais da metade das conexões (58%) já é feita pelo plano de dados. A categoria millenials é a mais conectada, fica em média quatro horas e meia por dia navegando na Internet via celular e, consequentemente, ela também é a mais exposta à publicidade em dispositivos móveis (57%).

Um dos destaques da pesquisa é o relacionamento dos usuários com os seus dispositivos. Nenhuma das categorias afirma que vive sem Internet, e a rede é indispensável para todas as gerações. Os brasileiros possuem em média 20 aplicativos instalados, mas os sete principais são utilizados para conversar e socializar. A rede social mais acessada entre todos é o Facebook, com um mínimo de três a quatro acessos diários em todas as idades, e também é por ele que as marcas conseguem se relacionar mais com seus públicos na Internet.

Os mais jovens utilizam o celular para comprar roupas, calçados e acessórios, e são os principais consumidores de entretenimento (ingressos, filmes, séries e música). Já os mais experientes compram vestuário, mas também gostam de adquirir itens de tecnologia e passagens aéreas. (Com assessoria de imprensa)

domingo, 17 de maio de 2015

O caso e o pedido de desculpas: a força do Face sobre a TV


A estudante de Medicina Amanda Oliveira foi entrevistada pela emissora em reportagem sobre o programa, mas alertou que as informações foram deturpadas: “A Globo, além de sensacionalista, ainda não é capaz de pesquisar as coisas direito antes de falar… A minha experiência com o ‘Ciência sem Fronteiras’ não poderia ter sido melhor”

Por Redação
Revista Fórum


A estudante de Medicina Amanda Oliveira mostrou indignação ao ver a reportagem divulgada pela TV Globo, nesta semana, sobre o programa Ciência sem Fronteiras. Na matéria, ela foi apresentada como um dos alunos que decidiram voltar ao Brasil por problemas na liberação de verbas por parte do governo federal.

Em seu perfil no Facebook, a jovem – que passou nove meses nos Estados Unidos custeada pelo programa – fez questão de desmentir as informações, que julgou terem sido deturpadas pelo “sensacionalismo” da emissora.

“Gostaria de dizer que tudo o que foi dito a meu respeito naquela reportagem é MENTIRA! Primeiramente, eu NÃO voltei para o Brasil pela insegurança gerada pela falta do dinheiro. Até porque essa foi a ÚNICA parcela da bolsa que não caiu durante todo o meu intercâmbio. Eu voltei pelo simples motivo que minhas aulas na UFT começariam agora”, explicou.

Leia o relato de Amanda Oliveira na íntegra:
Na manhã de ontem passou na globo uma reportagem sobre o Ciência sem Fronteiras onde eu apareço. Gostaria de dizer que tudo o que foi dito á meu respeito naquela reportagem é MENTIRA!
Primeiramente, eu NÃO voltei para o Brasil pela insegurança gerada pela falta do dinheiro. Até porque essa foi a ÚNICA parcela da bolsa que não caiu durante todo o meu intercâmbio. Eu voltei pelo simples motivo que minhas aulas na UFT começariam agora e eu julguei não valer a pena perder outro semestre ( e isso foi dito INÚMERAS VEZES na minha entrevista. Mas a Globo achou mais interessante omitir isso e inventar um motivo mais atraente). 

Segundo, eu NÃO abandonei o programa. A repórter da Globo fez o favor de enfatizar que voltar antes do prazo era quebra de contrato e que nesses casos todo o dinheiro deveria ser devolvido pela capes. Mas a Globo além de sensacionalista ainda não é capaz de pesquisar as coisas direito antes de falar. Eu não voltei antes do prazo. Eu tinha a opção de retornar em maio e a opção de retornar em agosto. Eu optei pela primeira.


Por favor, se vc viu a reportagem ou tem algum parente que viu e comentou com você mostre pra ela esse post. 

A minha experiência com o Ciência sem fronteiras não poderia ter sido melhor. Teve esse pequeno problema no final, claro, mas nada que justifique o programa ser mal falado dessa maneira.



***

Post de estudante no Facebook faz Globo pedir desculpas por erro

Escrito por: Redação
Fonte: Comunique-se

O âncora Chico Pinheiro esclareceu o assunto

Na edição desta sexta-feira, 15, o ‘Bom dia, Brasil’, da Globo, corrigiu um erro veiculado anteriormente em uma matéria sobre o Ciência Sem Fronteiras, do governo federal. Ao noticiar o atraso no repasse de verbas para os bolsistas, o jornalístico enfatizou que alguns estudantes estariam voltando para o Brasil porque não tinham segurança no programa.
Entrevistada pela emissora, a estudante de medicina Amanda Oliveira, do Tocantins, voltou no último domingo dos Estados Unidos, após nove meses como bolsista. Ao contrário do que foi divulgado, no entanto, ela não abandonou o curso e usou o Facebook para desabafar sobre o erro que foi ao ar. “Gostaria de dizer que tudo o que foi dito a meu respeito naquela reportagem é MENTIRA! Primeiramente, eu NÃO voltei para o Brasil pela insegurança gerada pela falta do dinheiro. Até porque essa foi a ÚNICA parcela da bolsa que não caiu durante todo o meu intercâmbio”, disse, na rede social.
O âncora Chico Pinheiro esclareceu o assunto. “Nós apuramos que Amanda não voltou antes da hora. Ela terminou o curso e desistiu de fazer o estágio após o fim das aulas”. O programa Ciência Sem Fronteiras permite que, ao fim do curso, o aluno volte ao Brasil sem fazer estágio, desde que apresente uma justificativa, como fez a estudante . Nesse caso, nenhuma penalidade é aplicada.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Como coletar dados sobre intenção de voto?

Pesquisa: faça você mesmo

Escrito por: Luciano Martins Costa
Fonte: Observatório da Imprensa 

Os dois candidatos à Presidência da República interrompem a temporada de agressões e dão uma folga à imprensa. O problema é que o jornalismo precisa de intensidade e, sem o bate-boca que marcou as duas últimas semanas, o noticiário fica meio sem graça.

Viciada na dependência de factoides sob encomenda, a mídia tradicional descobre que já não tem a mesma criatividade de outros tempos. O resultado é esse tédio mortal no noticiário.

Curiosamente, um recurso fartamente utilizado para alimentar os debates nas semanas anteriores parece esquecido pelos editores: o rastreamento (que os marqueteiros chamam de tracking) das pesquisas de intenção de voto desapareceu da cobertura. A última informação de que se tem notícia dava conta de certo “empate técnico” entre as duas candidaturas, em pesquisas feitas por dois diferentes institutos em datas diversas e sob condições que induziriam a esperar alguma mudança no quadro eleitoral.

Na segunda-feira (20), um colunista do Estado de S. Paulo que não deixa dúvida quanto a seu alinhamento partidário costura um texto cauteloso para explicar os desvios das pesquisas: as causas seriam, talvez, erros no enunciado das perguntas, a ordem das questões, pesquisadores mal treinados, em período de aumento da demanda e escassez de tempo e de profissionais qualificados. Também sobra culpa para os eleitores, porque têm o péssimo hábito de mudar de opinião. Mas o mais interessante é que o articulista admite a possibilidade de que parte significativa dos questionários venha sendo preenchida pelos próprios pesquisadores.

A ser confirmada – ou melhor – a menos que seja desmentida liminarmente pelos institutos, essa acusação pode colocar por terra a credibilidade de todos os gráficos que a imprensa costuma despejar sobre a sociedade nos períodos eleitorais. Como se sabe, as pesquisas não apenas alimentam o noticiário – elas são instrumento fundamental para as táticas de campanha e podem influenciar parcelas importantes do eleitorado.

A suspeita de que os institutos não conferem nem 20% dos questionários, se foram mesmo submetidos a eleitores ou preenchidos pelos próprios pesquisadores, representa a desmoralização total.

Saudades do império
Em meio à falta de notícias, talvez o melhor da política esteja no outro lado da mídia, o lado do entretenimento. No capítulo 78 da novela Império, da TV Globo, que foi ao ar no sábado (18), a personagem Maria Marta Medeiros, vilã simpática vivida pela atriz Lília Cabral, critica o marido por oferecer champanhe a um casal de classe média: “Mas que desperdício; essa gente gosta de cervejinha, de cachacinha, no máximo, no máximo gosta de caipirinha de vodca, e na laje”, protesta a personagem. “É a classe operária invadindo o paraíso”, diz seu interlocutor. “São os novos tempos, Marta.” “Pois eu prefiro os velhos tempos; aliás, os velhíssimos tempos, os tempos da monarquia; o império”, responde a empresária.

A cena poderia ilustrar a reportagem de capa da revista Época. O contexto é a radicalização que tomou conta da campanha eleitoral: “A eleição do vale-tudo”, diz o título principal do semanário. No conjunto dos textos, destaque para relato sobre a exploração, por parte dos candidatos, de uma divisão que se consolida a cada eleição, marcando a sociedade brasileira como um bloco rachado em dois – de um lado, as classes médias tradicionais; do outro, as classes ascendentes.

A revista do Grupo Globo toma como ponto de partida um desentendimento em família provocado por divergências políticas, e tenta consolidar o argumento segundo o qual os debates políticos se transformaram em briga de rua. Nesse cenário, o problema seria agravado pelo “discurso empobrecido das redes sociais” e estimulado pelos recentes entreveros que baixaram o nível dos confrontos entre os candidatos à Presidência da República.

A revista omite a responsabilidade da imprensa na construção desse clima beligerante, com a publicação periódica de textos ofensivos ao governo federal e seus integrantes. Apenas cinco páginas antes da pretensa “lição de moral” sobre a falta de decoro nos debates políticos, a revista oferece aos leitores um exemplar do texto rastaquera de um de seus colunistas pitbulls.

A imprensa dissimula, mas também prefere os velhos tempos. A imprensa sonha com a volta do império.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O que é mesmo "notícia"? Tem a ver com informação?

"Pool" da delação compromete isenção da mídia

Escrito por: Alberto Dines
Fonte: Observatório da Imprensa 


A delação premiada é recurso legítimo para apressar o processo penal. Pressupõe o respeito a algumas exigências, a principal é o sigilo absoluto. A divulgação do teor das confissões põe em risco a vida do próprio acusado ou de seus cúmplices, facilita a destruição de provas e estimula a fuga dos delatados. Desrespeitada a cláusula do sigilo, o pacto da delação corre o risco de ser invalidado a pedido de uma das partes, do Ministério Público ou da Justiça.

Veja deveria ter pensado nisso antes de publicar no formato de reportagem o resumo das 42 horas de gravação do depoimento na Polícia Federal do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. A paranoia sensacionalista pelo “furo” pode produzir efeitos adversos, inclusive beneficiar a fonte do vazamento.

Na “Carta ao Leitor” da edição 2390 (de 10/9, pág.13), o responsável pela revista, sem identificar-se, procura atribuir a responsabilidade aos “delegados da PF e procuradores [do MP]”.

Puro despiste, visível cortina de fumaça. Delegados ou procuradores seriam facilmente identificáveis; o tal resumo estava pronto, serviu de base para as tais 42 horas de interrogatórios e foi oferecido como brinde à Veja. Nele estão nomeados 12 personagens, entre eles um ministro, dois ex-governadores, deputados, senadores e a cúpula do Legislativo federal. É apenas uma amostra – a revista menciona a presença de um número bem maior de figurões: três governadores, seis senadores e 25 deputados.

Padrões indesejáveis
Na realidade não houve vazamento, houve troca de favores. Razões não faltam: a) chantagem para garantir maiores benefícios penais ao delator; b) advertência para dissuadir os interessados em “apagar” Paulo Roberto Costa; e, c) interromper o processo da delação, adiando-o para depois das eleições.

Veja aprendeu a correr riscos e fez uma escolha. Inconcebível e indesculpável é que o grosso da grande imprensa tenha embarcado cegamente numa perigosa aventura em que o seu prestígio e credibilidade podem ficar seriamente comprometidos. Com o grosseiro compartilhamento de informações desprovido de qualquer complemento investigativo, a fina flor da nossa mídia atrelou-se a um modus operandi que em seminários e ágapes corporativos geralmente desaprova. Nivelou-se por baixo sem constrangimento e sem vacilações.

O pool formado no último fim de semana a reboque de Veja confirma uma vocação concentradora de nossa imprensa incompatível com o conceito de pluralismo e justifica as cruzadas xiitas contra o PIG, Partido da Imprensa Golpista.

A sucessão de escândalos envolvendo a Petrobras não pode servir de paradigma para um vale-tudo que empurra o nosso jornalismo para os padrões das redes sociais, e dos quais dificilmente se libertará.

Para depois
Foram imediatas as reações ao material divulgado por Veja & Associados. Já no domingo (7/9), PT e o PSB exigiram acesso ao texto da delação. No dia seguinte foi a vez da Petrobras e das duas CPI do Congresso. Dificilmente conseguirão quebrar o sigilo de um processo de delação acompanhado pela Procuradoria Geral da República e pelo Supremo Tribunal Federal. Mas podem adiar a sua conclusão para depois das eleições.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Eleições e redes sociais

Campanhas se preparam para trincheira digital

Escrito por: Chico Otavio e Carina Bacelar
Fonte: O Globo Online

Patrulhas cibernéticas pretendem combater a desinformação, uma arma de guerra que agora é usada na internet para destruir reputações políticas

RIO - A atração dos brasileiros pelas redes sociais, expressa nos mais de 67 milhões de perfis cadastrados só no Facebook, ameaça transformá-los em vítimas de uma guerra suja na internet: o uso da desinformação na campanha eleitoral para manchar a imagem dos candidatos. Protegidos pelo anonimato, os responsáveis farão das redes sociais um terreno fértil para a divulgação de conteúdo malicioso em perfis falsos. Apreensivos, os comitês de campanha apressaram-se em criar forças-tarefas para enfrentar os crimes digitais e tentar removê-los a tempo de evitar um desastre político.
A desinformação, explicou um oficial do Exército especialista em inteligência, é considerada uma arma de guerra. Uma mentira bem contada, garante, pode levar a vítima a tomar outra atitude. Em eleições passadas, os candidatos sentiram a força do terrorismo digital. Geraldo Alckmin (PSDB) foi acusado, nas eleições presidenciais de 2006, de pretender a privatização da Petrobras. Nas eleições seguintes, foi a vez da candidata Dilma Rousseff se ver envolvida em boatos de que defendia o aborto. Ao migrar este ano da caixa de e-mails para as redes sociais, que vivem um boom, a desinformação terá agora um potencial de estrago bem maior.

As campanhas dos presidenciáveis terão grupos para monitorar a circulação de conteúdos difamatórios nas redes. O tucano Aécio Neves será blindado por sete advogados do escritório Opice Blum Advogados, especializado em direito digital. Já Eduardo Campos, do PSB, vai reforçar nas próximas semanas a patrulha virtual de seu comitê para rastrear a boataria. Foram eles que detectaram, no ano passado, rumores de que Campos e Marina Silva (Rede) pretendiam privatizar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o BNDES. O PT está criando núcleos de militância digital nas bases para defender Dilma Rousseff destes ataques.

O presidente da Comissão dos Crimes de Alta Tecnologia da OAB-SP, Coriolano Aurélio Camargo Santos, lembra que, por trás de um perfil falso, existe uma pessoa. Com técnicas de computação forense, ele acredita que é possível descobrir em que ponto de conexão estava ligada a máquina que enviou a mensagem:

— O eleitor não está indefeso. É possível remover quase todo conteúdo malicioso, por meio de ordens judiciais e de ferramentas específicas. O caminho pode ser rápido, se a contrainformação for enviada rapidamente. Não depende de medidas burocráticas, mas de uma equipe de advogados e especialistas e de tecnologia.

Incomodado com conteúdo apócrifo que o associava ao consumo de drogas, Aécio Neves cobrou dos Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e de São Paulo, recentemente, medidas contra os supostos autores das mensagens. No Rio, uma operação de busca e apreensão teve como alvo cinco pessoas, entre as quais um prestador de serviços da Eletrobras. Em São Paulo, as suspeitas recaíram sobre uma funcionária da prefeitura de Guarulhos, administrada pelo PT.
 
ACESSO EM MASSA À INTERNET MUDA CENÁRIO

De acordo com o advogado Renato Opice Blum, especialista em direito digital da Opice Blum Advogados, o pleito de 2014 será um marco divisor nas eleições brasileiras, já que o país vivencia, pela primeira vez, um cenário de acesso em massa à internet. A forma de divulgar conteúdos difamatórios também está mudando. Ele aposta que as redes sociais serão território fértil para a criação de perfis falsos e compartilhamento de conteúdo mentiroso sobre candidatos. Já os e-mails com boatos, típicas ferramentas usadas para atacar políticos em eleições anteriores, ficarão restritos a um público mais velho.

— Nesse contexto, a internet vai ter um poder muito importante também no combate aos rumores e no esclarecimento. É uma eleição na qual muitas decisões vão partir do Judiciário — afirma.
O funcionário público Alexandre Costa Teixeira, coordenador do Núcleo de Militância Digital do PT-RJ, disse que, há três meses, o grupo rastreou nove mil contas falsas, que eram usadas para alavancar comentários na rede, transformando-os em “trending topics”:

— Descobrimos recentemente que estavam associando o Marco Civil recém-aprovado à censura para tentar atingir a Dilma. Quando isso ocorre, temos de disparar os antídotos imediatamente.

O promotor Luís Otávio Figueira Lopes, responsável no Rio pela apuração de crimes digitais, disse que, embora teoricamente pareça fácil descobrir o autor dos ataques, na prática, pode ser bem mais complicado, dependendo dos meios utilizados:

— Se o autor possuir algum conhecimento técnico, é possível se ocultar de muitas maneiras, o que torna praticamente inviável a investigação.

A repressão, explicou o promotor, tem que ser pontual, para não implicar no risco de censura. Luís Otávio disse que, uma vez identificada da ação, a investigação deve ser judicializada por exigência do Marco Civil da Internet. Para ele, o que diferencia a repressão da prática da censura é o fato de que o que se busca reprimir é a disseminação falsa de informações e não a manifestação do pensamento.

domingo, 6 de abril de 2014

Upworthy: jornalismo sem jornalistas?

Um jornal sem jornalistas

Upworthy, o site de maior crescimento na historia da internet, se faz sem jornalistas. Lançado em 2012, atingiu, em novembro de 2013, 87 milhões de visitantes.

por Emir Sader em 05/04/2014 às 15:44




Emir Sader

Upworthy, o site de maior crescimento na historia da internet, se faz sem jornalistas. Lançado em marco de 2012, ele atingiu, em novembro do ano passado, 87 milhões de visitantes únicos, quase três vezes mais do que o site do New York Times, e gerou 17 milhões de compartilhamentos no Facebook, publicando apenas 225 artigos.

Para se ter uma comparação, um site como Yahoo coloca, mensalmente, 115 mil artigos e gera menos de 4 milhões de compartilhamentos. A equipe do site, que não conta com nenhum jornalista busca na Internet conteúdos que ela julga interessantes. O objetivo, segundo um dos seus diretores, é “ajudar as pessoas a encontrar conteúdos sérios mas divertidos”.

Eles consideram que vale mais a pena menos conteúdos de boa qualidade do que bombardear o público com milhares de artigos de má qualidade. A estrutura dos textos do Upworthy é sempre a mesma: duas frases curtas, do tipo: “Nós não ouvimos devidamente a voz do ameríndios. Eis a mensagem edificante de um deles.” Eles pretendem fazer com que as pessoas se interessem por temas importantes.

Um autor conhecido sobre os circuitos de internet, Johan Berger, lista 6 princípios que tornariam um texto um viral: o valor social, a facilidade de memorização, a ressonância afetiva, a possibilidade de observação (o fato de que se trata de um tema evidente para todos), a utilidade e o estilo narrativo.

Upworthy se vale do papel chave da viralidade para a difusão das informações. Eles consideram que cada vez menos pessoas leem uma história se ela não está postada por alguém em alguma das redes sociais. As histórias se tornam populares se as pessoas as compartilham no Facebook, no Twitter ou em alguma outra das redes sociais.

domingo, 16 de junho de 2013

Ciberespaço, ativismo digital e ocupação do espaço público

Fonte: Fronteiras do Pensamento

15 jun
2013
Manuel Castells analisa as manifestações em São Paulo
por Equipe Fronteiras

Sociólogo espanhol, Manuel Castells esteve no Fronteiras do Pensamento 2013 para a conferência Redes de indignação e esperança, homônima à sua mais recente obra, a ser lançada no Brasil em setembro (editora Zahar). Em São Paulo, no preciso momento de sua fala no Teatro Geo (11/06), a Avenida Paulista era espaço de tensão entre a polícia militar e os manifestantes contra o aumento das passagens de ônibus. Questionado pelo público sobre o que estava acontecendo na cidade, Manuel Castells respondeu:
Todos estes movimentos, como todos os movimentos sociais na história, são principalmente emocionais, não são pontualmente indicativos. Em São Paulo, não é sobre o transporte. Em algum momento, há um fato que traz à tona uma indignação maior. Por isso, meu livro se chama REDES de indignação e de esperança. O fato provoca a indignação e, então, ao sentirem a possibilidade de estarem juntos, ao sentirem que muitos que pensam o mesmo fora do quadro institucional, surge a esperança de fazer algo diferente. O quê? Não se sabe, mas seguramente não é o que está aí. Porque, fundamentalmente, os cidadãos do mundo não se sentem representados pelas instituições democráticas. Não é a velha história da democracia real, não. Eles são contra esta precisa prática democrática em que a classe política se apropria da representação, não presta contas em nenhum momento e justifica qualquer coisa em função dos interesses que servem ao Estado e à classe política, ou seja, os interesses econômicos, tecnológicos e culturais. Eles não respeitam os cidadãos. É esta a manifestação. É isso que os cidadãos sentem e pensam: que eles não são respeitados.
Então, quando há qualquer pretexto que possa unir uma reação coletiva, concentram-se todos os demais. É daí que surge a indicação de todos os motivos - o que cada pessoa sente a respeito da forma com que a sociedade em geral, sobretudo representada pelas instituições políticas, trata os cidadãos. Junto a isso, há algo a mais. Quando falo do espaço público, é o espaço em que se reúne o público, claro. Mas, atualmente, esse espaço é o físico, o urbano, e também o da internet, o ciberespaço. É a conjunção de ambos que cria o espaço autônomo. Porém, o espaço físico é extremamente importante, porque a capacidade do contato pessoal na grande metrópole está sendo negada constantemente. Há uma destituição sistemática do espaço público da cidade, que está sendo convertido em espaço comercial. Shopping centers não são espaços públicos, são espaços privados organizando a interação das pessoas em direção a funções comerciais e de consumo. Os cidadãos resistem a isso.
Veja que interessante é o caso da Praça Taksim e do Parque Gezi, em Istambul. Há meses, eles estão protestando contra a destruição do último parque no centro histórico da cidade, onde seria construído um shopping center, um complexo dedicado aos turistas, que nega aos jovens o espaço que poderiam ter para se relacionar com a natureza, para se reunir, para existir como cidadãos. Portanto, é a negação do direito básico à cidade. O direito, como disse Henri Lefebvre, de se reunir e ocupar um espaço sem ter que pagar, sem ter que consumir ou pedir permissão a autoridades. Por isso, tenta-se ultrapassar a lógica da liberdade na internet à liberdade no espaço urbano.
Eu não posso opinar diretamente sobre os movimentos que estão acontecendo neste momento aqui em São Paulo, mas há algumas características de tentar manifestar que a cidade é dos cidadãos. E este é o elemento fundamental em todas as manifestações que eu observei no mundo.
O que muda atualmente é que os cidadãos têm um instrumento próprio de informação, auto-organização e automobilização que não existia. Antes, se estavam descontentes, a única coisa que podiam fazer era ir diretamente para uma manifestação de massa organizada por partidos e sindicatos, que logo negociavam em nome das pessoas. Mas, agora, a capacidade de auto-organização é espontânea. Isso é novo e isso são as redes sociais. E o virtual sempre acaba no espaço público. Essa é a novidade. Sem depender das organizações, a sociedade tem a capacidade de se organizar, debater e intervir no espaço público.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

"Uma imagem vale mais que mil palavras..."

Una imagen miente más que mil palabras

Protesta de opositores al chavismo
"¡Cobardes! ¿Por qué no publican esto?" ...y a continuación encontrábamos una imagen de unas cajas de votación siendo quemadas que "comprobaban el fraude electoral en Venezuela" y que circularon hasta el cansancio a través de redes sociales. Ya saben lo que dicen, que una imagen puede ser más explícita que cualquier texto que se publique sobre un hecho cualquiera.
Sí, es bastante cierto. Pero eso vale sólo si la imagen es verídica, si retrata un hecho real.
A través de nuestra página en Facebook muchos de nuestros seguidores compartieron esas fotos y videos con nosotros, pidiendo que los publicáramos para mostrar "la verdad" tras las elecciones en Venezuela. Lo mismo a través de twitter.

Incluso, cuando mi colega Alfredo Ochoa en este mismo espacio escribía de los retos de cubrir unas elecciones como las venezolanas, donde la polarización es muy elevada, uno de los comentarios no sólo nos exigía la publicación de tales fotos, sino que nos acusaba de recibir dinero del gobierno de Venezuela por no hacerlo.

Sin embargo, esas fotos terminaron siendo de procesos electorales anteriores y no arrojaban luz sobre un hecho ya de por sí bastante complicado y que todavía se encuentra bajo cuestionamiento. La polémica incluso no ha terminado.

Pero el riesgo de "mentir más que mil palabras" va más allá de Venezuela. También tiene que ver con el caso de Boston, donde la información que circuló por redes sociales llegó incluso a confundir a las autoridades y a medios periodísticos.

Ante hechos así, totalmente inesperados, en el pasado nos encontrábamos ante un vacío de información. Pero hoy en día, gracias a la tecnología y a los llamados teléfonos inteligentes, un caudal de relatos, fotos y videos se encuentra potencialmente a la mano. Especialmente tras la maratón de Boston.

Piénsenlo. En la línea de meta había miles de espectadores con sus cámaras y celulares en la mano, ni hablar de la cantidad de medios que estaban ahí cubriendo el evento deportivo.
Lo ocurrido en la maratón de Boston puede considerarse como un ejemplo típico de cómo una audiencia masiva pudo participar en la cobertura periodística a través de redes sociales.
Explosión en la maratón de Boston
Sin embargo, a la hora de la investigación policial, lo que podría ser visto como una ventaja, terminó siendo un obstáculo
Incluso algunos sitios de noticias en Estados Unidos transmitieron información que al final resultó ser falsa.

Recientemente escuché en la radio a Jamie Bartlett, encargado de redes sociales de la ONG Demos, del Reino Unido. En una entrevista con la BBC decía que en la actualidad observar lo que se comparte en redes sociales podría considerarse una nueva rama de inteligencia, una que las autoridades pueden utilizar para obtener información valiosa.

Sin embargo, Barlett aclara que esto requiere nuevas herramientas, técnicas y sistemas para poder filtrar la información que puede llegar a ser verdaderamente útil.
"Solo porque algo haya sido retuiteado un millón de veces, no lo hace más propenso a ser la verdad", aseguraba el experto en el Today Programme de Radio 4.

Lo mismo pasa en el periodismo y es ese un reto constante que tenemos tanto en BBC Mundo como en el resto de la BBC.

Eso me aseguró Trushar Barot, editor del UGC (User Generated Content), el departamento central de la BBC que trabaja verificando el contenido generado por usuarios.

Al conversar sobre este tema le pregunté cómo hacía él. Su consejo, después de años de lidiar con las imágenes recibidas por parte de nuestra audiencia, es ser siempre escéptico. Siempre.
Hay señales para comprobar la autenticidad de una imagen. Lo primero es establecer lo que sí se conoce de un hecho, gracias a lo que nos pueden decir nuestros corresponsales en el terreno u otras agencias de noticias, y sobre esa base comenzar a juzgar.

Por ejemplo, uno puede ver si el clima en esa parte del mundo corresponde a lo que se ve en la fotografía, o si no hay algún otro elemento en la imagen que salte a la vista.

O -a través de otros procedimientos técnicos con los que no pienso aburrirlos- comprobar si esa imagen fue manipulada o publicada previamente en otro contexto y cuál es su antigüedad. Lo importante acá es reiterar la necesidad de ser cautelosos y verificar los hechos.

Hay un riesgo muy grande en nuestro trabajo: desinformar más que informar al ofrecer datos erróneos. Un riesgo que se repite ante hechos noticiosos grandes, en los que bien sea por equivocación o por mala intención, en muchos casos las imágenes compartidas en redes sociales por el público general no corresponden a la realidad.

Muchos piensan que en el futuro las redes sociales desplazarán al trabajo periodístico. Yo no estoy muy seguro. De hecho, no lo creo. ¿Qué piensan ustedes?

domingo, 16 de dezembro de 2012

Liberdade de escolha quando a pauta é única?



Quando o controle remoto não resolve 

Lalo Leal  

Em que pese a importância das redes sociais e da internet para o debate sobre as virtudes e defeitos dos meios de comunicação, nas universidades a crítica definha




Publicado em 13/12/2012


Jornais, revistas, o rádio e a televisão tratam de quase tudo sem restrição. Apenas um assunto é tabu: eles mesmos. Se hoje a internet tem papel relevante nesse debate sobre a mídia, na academia houve retrocesso. O programa Globo Univer­sidade, das Organizações Globo, tem parcela importante de responsabilidade nessa mudança. Surgiu com o objetivo de neutralizar aquela que era uma das poucas áreas em que se realizava uma análise crítica sistemática dos meios de comunicação. Passou a financiar laboratórios de pesquisa e eventos científicos e, com isso, um objeto de investigação, no caso a própria Globo, tornou-se patrocinador do investigador, retirando da pesquisa a necessária isenção. Fez na comunicação o que a indústria farma­cêutica faz com a medicina, bancando viagens e congressos médicos para propa­gandear remédios.

O resultado prático pode ser visto no número crescente de trabalhos acadêmicos sobre o uso de novas tecnologias associadas à TV e as formas de aplicação de seus resultados pelo mercado. Enfatizam cada vez mais o papel do receptor como elemento capaz de selecionar, a seu critério, os conteúdos que lhe interessam. Fazem, dessa forma, o jogo dos controladores dos meios, retirando deles a responsabilidade por aquilo que é veiculado. Fica tudo nas costas do pobre receptor. Esquecem o fenômeno da concentração dos meios que reduz o mundo a uma pauta única, com pouca diferenciação entre os veículos.

Dizem em linguagem empolada o que empresários de TV costumam expressar de modo simples: “O melhor controle é o controle remoto”. Como se ao mudar de canal fosse possível ver algo muito diferente.

Cresce também o número de empresas de comunicação que oferecem cursos até em universidades públicas, retirando dessas instituições o espaço do debate e da crítica. Saem dos cursos de comunicação jovens adestrados para o mercado, capazes de se tornar bons profissionais. No entanto, a débil formação geral recebida os impedirá de pôr os conhecimentos obtidos a serviço da cidadania e da transformação social.

O papel político desempenhado pelos meios de comunicação e a análise criteriosa dos conteúdos emitidos ficam em segundo plano, tanto na pesquisa como no ensino. Foi-se o tempo em que, logo dos primeiros anos do curso, praticava-se a comunicação comparada, com exercícios capazes de identificar as linhas político-editoriais adotadas pelos diferentes veículos. Caso fosse aplicada hoje, mostraria, com certeza, a uniformidade das pautas, com jornais e telejornais reduzindo os acontecimentos a meia dúzia de fatos capazes de “render matéria”. Mas poderia, em alguns momentos excepcionais, realçar diferenças significativas, imperceptíveis aos olhos do receptor comum.

Como no caso ocorrido logo após a condenação de José Dirceu pelo STF. Ao sair de uma reunião, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto, foi abordado por vários repórteres. Queriam saber sua opinião sobre o veredicto do Supremo. Claro que ele deu apenas uma resposta, mas para quem viu os telejornais da Rede TV e da Globo foram respostas diferentes. Na primeira Tatto dizia: “A Corte tem autonomia soberana e pagamos alto preço por isso. E só espero que essa jurisprudência usada pelo STF continue e que tenha o mesmo tratamento com os acusados do PSDB”. Na Globo a frase sobre o “mensalão tucano” desapareceu.

Em casa o telespectador, mesmo vendo os dois jornais, dificilmente perceberia a diferença entre ambos, dada a sequência rápida das imagens. Mas para a universidade seria um excelente mote de pesquisa cujos resultados teriam uma importância sociopolítica muito maior do que longos discursos sobre transmídias e receptores. 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Secom lança manual de orientação para atuação em redes sociais

Fonte: Comunidade SICOM



Documento lançado pela Secom tem como  objetivo estipular melhores práticas e guiar  os agentes da comunidade Sicom no uso de redes sociais, incluindo a geração de conteúdo, interação com o usuário e atuação em casos de crise.

Para tanto, foi feita a divisão em 6 partes distintas:
1) Conceitos básicoscomu
2) Diretrizes de linguagem verbal e visual
3) Metodologias e ativações
4) Monitoramento de redes sociais
5) Manual interno de conduta para servidores e colaboradores
6) Gerenciamento de crise

Conheça o Manual e a Apresentação sobre redes sociais da Secom.

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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Processos de edição, atividades colaborativas, compartilhamento, coletivos


Livro colaborativo sobre o Rio usará fotos do Instagram

rio365 Fonte: ARede

10/10/2012 - As agências de comunicação Horto e Núcleo da Ideia deram início na última segunda-feira (7), no Rio de Janeiro, ao projeto "Rio365 - Um Documentário Fotográfico". A ideia é criar um livro que retrate o dia a dia da capital fluminense, usando como matéria-prima fotografias de usuários do Instagram.

Para criar o livro, os organizadores vão propor missões fotográficas aos usuários da rede social ao longo dos próximos 365 dias. Qualquer pessoa com perfil criado no Instagram pode participar, gratuitamente. As missões serão divulgadas no perfil @Rio365, a cada semana.

Uma equipe de curadores vai divulgar as missões em suas redes pessoais e selecionar diariamente, durante 365 dias, as melhores fotos clicadas pelo público. No total, serão propostas 52 missões.

Para estimular a participação, as melhores fotos de cada semana, mês, bimestre e ano receberão destaque e prêmios. E a cada bimestre será realizado um #Instameet, encontro de usuários do Instagram, para expor as fotos selecionadas, promover a troca de ideias e entregar os prêmios.

Além do Instagram, o projeto tem páginas no Twitter, Tumblr e Facebook. Ao final, será produzido o livro @Rio365, onde serão registradas as 365 fotos selecionadas nas 52 missões (incluindo imagens produzidas pelos próprios curadores).

A equipe de curadores é formada por Raul Mourão (artista plástico), Nelson Vasconcelos (escritor e jornalista), Anna Letícia Cohen (coordenadora do grupo IgersRio, um dos perfis mais influentes do Instagram), Sidney Garambone (jornalista e escritor), além de curadores especiais que serão convidados ao longo do processo.

A concepção e curadoria geral do projeto é de André Galhardo, fotógrafo, diretor de arte e sócio da Horto. A coordenação geral e realização é da Núcleo da Ideia, comandada por Flávio Bidoia e Luciane Araujo. A iniciativa tem patrocínio da Light e da Secretaria de Estado de Cultura do Rio e com apoio institucional da Superintendência de Museus do Estado.

O Instagram é uma rede social acessível exclusivamente via smartphone ou tablets. Para usá-la, deve-se instalar o aplicativo, disponível em versão para Android ou iOS (iPhone e iPad).

domingo, 30 de setembro de 2012

As "gerações interativas"

Pesquisa revela hábitos de uso de TV, computador e celular por jovens

Fonte: ARede

27/09/2012 – Pesquisa realizada pelo Fórum Gerações Interativas, Ibope, Escola do Futuro da USP e Fundação Telefônica publicada nesta quinta-feira (27) mostra que 75% dos adolescentes entre 10 e 18 anos navegam na internet, enquanto entre crianças de 6 a 9 anos o índice é de 47%.

Os dados fazem parte do levantamento “Gerações Interativas Brasil – Crianças e Jovens diante das Telas”. A pesquisa buscou entender o comportamento da geração de nativos digitais brasileiros diante de quatro telas: TV, celular, internet e videogames.

A coleta de dados aconteceu entre 2010 e 2011 junto a 18 mil crianças e jovens, com idades entre 6 e 18 anos. O Ibope ajustou a amostragem, baseado no Censo Escolar de 2007, e o conjunto válido de respondentes foi de 1.948 crianças e 2.271 jovens, pertencentes a um universo que inclui alunos de escolas do ensino público e privado, nas zonas urbana e rural de todas as regiões do país.

A pesquisa traz comparações inéditas quanto ao uso das quatro telas por regiões, faixas etárias, sexo e meio rural ou urbano. Do total dos pesquisados, 51% das crianças, de 6 a 9 anos, e 60% dos jovens e adolescentes, de 10 a 18 anos, declararam possuir computadores em casa; enquanto 38,8% das crianças e 74,7% dos jovens disseram possuir celulares próprios. Além disso, 78,7% das crianças e 62,4% dos adolescentes entrevistados disseram possuir videogames. O levantamento mostra que a TV é a tela predominante, com índices de penetração nos lares entre 94,5%, no caso das crianças, a até 96,3% para os jovens.

O Internet é usada para tarefas escolares, compartilhar músicas, vídeos, fotos, ver páginas na web, utilizar redes sociais, bater papo e usar e-mail. O celular representa a tela de convergência por excelência. Pela ordem, a geração interativa utiliza o aparelho para:
falar (90% dos jovens); mandar mensagens (40%);  ouvir música ou rádio; como relógio/despertador; jogar; como calculadora; fazer fotos; gravar vídeos; ver fotos/vídeos; usar a agenda; baixar arquivos; assistir TV; bater papo; navegar na internet. No entanto, diferenças socioeconômicas entre as regiões impactam na posse e acesso às telas.

A análise detalhada pelas macrorregiões geográficas do país evidenciou diferenças marcantes para os indicadores da inclusão digital dos jovens brasileiros. Observou-se que, enquanto a presença de computadores domésticos atingiu 70,4% das crianças do Sudeste e 55,1% para as residentes no Sul, no Norte e Nordeste estes índices retrocedem para 23,6% e 21,2%, respectivamente.

A pesquisa apontou que os adolescentes brasileiros são capazes de efetivamente realizar, simultaneamente, atividades e tarefas completamente diferentes, principalmente em frente à TV. Pelos menos 71% dos jovens comem, 37% conversam com a família, 34% estudam, 25% falam ao telefone e 18,2% navegam na internet em frente à televisão. Já o celular jamais é desligado por 34,5% dos representantes da geração interativa. Um total de 56,8 dos entrevistados declarou que sequer desligam os aparelhos nas salas de aula.

O comportamento de meninos e de meninas mostrou-se divergente diante das telas digitais. Numa disputa entre celular e videogame, o primeiro é o aparelho preferido por 66% das garotas, enquanto que 54% dos garotos ficam com os jogos.

As meninas recebem mais cuidados ao navegar na internet que os meninos. Um total de 62% delas é instruído a não dar informações pessoais e 54% a não comprar na rede. Os respectivos percentuais para os meninos são: 42% e 47%. As garotas são mais vigiadas também em relação à TV: 57% das entrevistadas são proibidas de assistir alguma coisa na televisão.

Um dado preocupante é que 32% dos pais não observam a navegação dos filhos na internet. Além disso, 40% dos jovens afirmam que nenhum professor usa a web em aula e apenas 11% aprenderam a navegar com um educador. Aliás, 64,2% dos respondentes disseram que aprenderam a usar a internet sozinhos. “Trata-se de uma geração nascida a partir do final da década de 1990, período em que no Brasil as TICs já se encontravam profundamente instaladas e arraigadas na vida cotidiana das famílias e, em maior ou menor grau, também nas escolas”, observa a professora Brasilina Passarelli, coordenadora científica da Escola do Futuro.

Números da pesquisa:
  • 60% dos adolescentes entre 10 e 18 anos e 51% das crianças de 6 a 9 anos têm computador em casa.
  • Apenas 18% das crianças do meio rural possuem computador. Acima dos dez anos, esse número salta para 40%.
  • 83% dos adolescentes e 78% das crianças estão conectados à internet.
  • A região do Brasil mais conectada é a Sudeste, enquanto a menos conectada é a Norte.
  • O maior índice de acessos via Lan Houses ocorre no Nordeste do País. Assim sendo, 47,4% das crianças navegam na net e 75,3% dos adolescentes também, mesmo não tendo computador em casa.
  • 38,8% das crianças possuem celulares próprios, ao passo que 23,4 % usam celulares de pais ou irmãos.
  • 74,7% dos adolescentes possuem celulares próprios
  • 49,8% dos adolescentes têm celulares pré-pagos, enquanto 14,7% possuem pós- pagos.
  • O índice de adolescentes com celulares no meio urbano e rural vem se equilibrando (78% contra 67%, respectivamente).
  • Entre as crianças, o videogame de console mais possuído é o PS2, enquanto o portátil mais possuído é o Nintendo DS.
  • Os adolescentes da Região Sul são os maiores consumidores de jogos piratas, com 21,9% afirmando que “quase todos” seus jogos são piratas.
  • 69,8% dos adolescentes compram jogos piratas de camelôs.
  • Apenas 5,5% das crianças afirmam não ter nenhum aparelho de TV em casa. No caso dos adolescentes, esse número cai para 3,7%.
Convergência das Mídias
  • Entre a Internet e o videogame, jovens de ambos os sexos preferem a Internet. No caso das meninas, 67% preferem internet, enquanto apenas 43% dos meninos preferem a internet e 39% preferem o videogame.
  • Entre a televisão e o celular, as meninas preferem o celular e os meninos, a televisão (eles conectam os consoles nas TVs).
  • Entre o celular e os music players (tipo IPod), as meninas preferem o celular e os meninos os music players.
  • Entre a Internet e o celular, ambos preferem a Internet.
  • Entre celulares e videogames, as meninas preferem o celular e os meninos, o videogame.
  • Escola Pública pouco Conectada
  • 40% dos jovens afirmam que nenhum professor usa a Internet para explicar a matéria e apenas 11% aprenderam a navegar com um professor.
  • Tanto crianças quanto adolescentes costumam navegar na Internet sozinhos. A companhia de professores durante a atividade é muito mais expressiva na região Norte do País.
  • 64,2% dos adolescentes afirmam ser autodidatas no uso da Internet .
  • 38,3% das crianças afirmam utilizar a Internet para estudar e fazer lição de casa e 72,1% acessam o conteúdo de casa.
  • 62% das meninas são instruídas a não fornecer informações pessoais pela rede, e 54% não podem comprar pela internet. Apenas 42% dos meninos são instruídos a não fornecer dados pessoais e 47% são impedidos de comprar.
  • As meninas são mais vigiadas do que os meninos. 57% das meninas são proibidas de assistir alguma coisa na TV.
  • 56,8% dos adolescentes desligam o celular na sala de aula e 34,5% afirmam que nunca desligam.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Circulação da informação: quem diz o que de que modo? Ou nem diz...

DEBATE ABERTO

Evitem a Espanha no dia 25 de setembro

A revolução espanhola já tem data e local para acontecer. Será no dia 25 de setembro, em frente ao Congresso. Alguém, por acaso, ouviu falar a esse respeito? Mesmo na Espanha, a mídia mais tradicional ignorou solenemente o movimento até dia 29, quando o governo espanhol fez uma declaração de guerra aos coordenadores do protesto.

A Espanha está prestes a fazer uma espécie de Revolução dos Cravos. Alguém ainda se lembra dessa revolução portuguesa, de 1974, que deu fim à sua ditadura? Pois é, um golpe democrático, com tanques nas ruas e militares armados, para ninguém botar defeito. Tudo bem que os fuzis estavam delicadamente decorados com cravos, em lugar de baionetas, e as armas serviam ao propósito de mostrar que os civis estariam protegidos. Mas não deixou de ser um golpe de Estado.

Seus vizinhos ibéricos estão armando algo parecido, mas sem tanques nem armas. A revolução espanhola já tem data e local para acontecer. Será no dia 25 de setembro, em frente ao Congresso. Alguém, por acaso, ouviu falar a esse respeito? Provavelmente, pouquíssima gente. Mesmo na Espanha, a mídia mais tradicional ignorou solenemente o movimento até ontem (29/08), quando a delegada do governo espanhol em Madri fez uma declaração de guerra aos coordenadores dessa marcha, que quer abraçar o Congresso e por lá permanecer por algum tempo.

Cristina Cifuentes, que fala em nome da lei e da ordem em Madri, membro do direitista Partido Popular (o mesmo do chefe de governo, Mariano Rajoy), disse, alto e bom som, que "grupos muito radicais, tanto de direita como de esquerda", estão tramando de fato "um golpe de Estado encoberto" por essa movimentação. Se há grupos de direita organizando a farra, realmente, foi no mínimo uma indelicadeza não terem convidado Cifuentes, Rajoy, José María Aznar e outros expoentes da direita espanhola.

O alerta lançado por aquele governo, a rigor, é um clássico erro de tática política. Ao centrar fogo contra a mobilização, o governo acaba de lhe prestar dois grandes favores. Ajudou imensamente a sua divulgação, que andava restrita às redes sociais, e inventou um desafio que deve ser aceito por muitos. Às avessas, Cifuentes simplesmente convocou os indignados.

Para arrematar, a delegada fez uma ameaça direta: o local será protegido pelos corpos e forças de segurança do Estado ante qualquer tipo de ataque, como, por exemplo... abraçar o Congresso. Afinal, se trata de “um lugar inviolável”, completou. Tem toda a razão. Imaginem vocês um Congresso sendo violado pelo povo! Nada como um partido que carrega honestamente o adjetivo "popular" para nos lembrar disso.

É bom que se evite a Espanha no dia 25 de setembro. Primeiro, porque há o sério risco de você ser barrado na porta de entrada, como tem acontecido com aquele povo invasor bárbaro, os brasileiros. Segundo, porque uma tempestade perfeita se formará nesse momento. Conforme os porta-vozes oficiais atestam, o protesto está eivado de radicalismo e subversão.

Não adianta negar. Está escrito, preto no branco, na página da coordenação do 25 de Setembro, que se quer “um novo modelo social, baseado na soberania popular participativa”, como forma de reverter a “injusta situação de perda de liberdades e direitos (saúde, educação, serviços sociais, emprego, moradia)”, e por aí vai. Se alguém duvida, confira a página subversiva em http://coordinadora25s.wordpress.com/ ou o perfil deles no Twitter: @Coordinadora25S

Os insaciáveis, em sua sede de poder, querem uma nova Constituição e uma reforma político-eleitoral. Ou seja, querem acabar com a política como ela é e ficam pedindo mais democracia. Conclusão da direita espanhola: só pode ser gente autoritária. Eis a subversão.

Não satisfeitos, os radicais se arvoram a reivindicar um programa econômico. Propõem auditoria da dívida, reforma fiscal para que os ricos paguem mais impostos, fim dos cortes de gastos sociais e investimentos para a geração de empregos. Eis o radicalismo.

Com o país em uma recessão que deve prolongar-se pelo ano de 2013, e que alguns avaliam como a pior dos últimos 40 anos; com o maior desemprego da Europa (um em cada quatro espanhóis está desempregado); com seus bancos com rombos gigantescos; diante de tudo isso, o que fez o governo? À beira de um ataque de nervos, achou por bem marcar a data do fim do mundo para antes do que previa o Calendário Maia.

Grande ideia.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Redes sociais e sociabilidade - wikimidia


Fonte: Agência Fapesp
Obra baseada em pesquisa feita no Centro de Estudos da Metrópole mostra como as redes sociais influenciam as chances de pessoas pobres conquistarem melhores condições de vida (WIkimedia)

Papel das redes sociais na superação da pobreza é tema de livro de pesquisador brasileiro lançado no Reino Unido

15/08/2012
Por Karina Toledo
Agência FAPESP – O papel das redes sociais na superação da pobreza e da segregação é o tema do livro Opportunities and Deprivation in the Urban South, lançado recentemente no Reino Unido pela editora Ashgate.

A obra é baseada na tese de livre-docência de Eduardo Cesar Leão Marques, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP e também um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT). Para a realização do livro a coleta de dados foi ampliada e complementada por pesquisa qualitativa sobre o uso das redes no cotidiano dos indivíduos.

A pesquisa partiu do pressuposto – amplamente aceito na literatura científica nacional e internacional – de que segregação espacial tende a produzir segregação social. Segundo Marques, isso quer dizer que, embora duas pessoas possam ter a mesma renda, uma delas pode ter piores condições de vida e perspectivas de futuro se estiver isolada espacialmente, com menos acesso a serviços públicos, à informação e a contatos com outros grupos sociais diferentes do seu.

O objetivo do estudo foi investigar de que forma as redes de relacionamento de indivíduos em situação de pobreza poderiam influenciar essa equação. “Nossa hipótese era que haveria diferentes graus de isolamento de acordo com os tipos de redes sociais que as pessoas possuem”, disse Marques.
Para testar a teoria, pesquisadores do CEM analisaram as redes sociais de 210 pessoas em sete diferentes regiões pobres de São Paulo. “Selecionamos moradores de favelas segregadas, favelas situadas perto de bairros ricos e em distritos industriais, conjuntos habitacionais e cortiços. Também foram investigadas as redes de 30 pessoas de classe média, apenas para ter um padrão de comparação”, disse Marques.

As informações levantadas foram então relacionadas com uma série de indicadores sociais. Isso permitiu identificar, por exemplo, a influência que as redes de relacionamento tinham sobre a renda dos entrevistados e sobre a probabilidade de estarem empregados e conquistarem empregos com algum grau de proteção e estabilidade.

“Percebemos que as pessoas com grande parte de sua rede social em ambientes organizacionais – como empresas, associações comunitárias, igrejas e organizações políticas – tinham melhores condições de vida quando comparadas a indivíduos com redes muito locais, centradas na vizinhança, nos amigos e na família”, disse Marques.

Segundo os resultados do estudo, o contato com pessoas diferentes facilita a superação da pobreza porque promove a circulação da informação, de recursos econômicos e de repertórios culturais.
“O tamanho da rede social não fez tanta diferença. Ela pode ter um tamanho médio, mas não pode ser muito local e homogênea. Se uma pessoa pobre tem contato apenas com gente igualmente pobre e desempregada, as chances de conseguir sair daquela situação são pequenas”, disse Marques.


São Paulo e Salvador
Após a identificação das redes de pior e melhor qualidade, os pesquisadores do CEM selecionaram 40 entrevistados anteriormente para participar de uma pesquisa qualitativa sobre os usos das redes. “Queríamos entender como as pessoas mobilizavam esses contatos, como essas redes se configuram e mudam ao longo do tempo”, disse Marques.

Os resultados da investigação já haviam sido publicados em um livro, lançado no Brasil em 2010 pela editora da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Segundo Marques, no entanto, a obra recém-lançada no Reino Unido não se resume a uma simples versão da pesquisa para o inglês.

“O objetivo principal do livro em português era introduzir no debate nacional a ideia de que a pobreza é produzida também por padrões de inter-relação, não apenas por características individuais e pelos padrões de decisão dos indivíduos. Na Europa e nos Estados Unidos já existe vasta literatura sobre esse tema. O livro em inglês, portanto, dialoga com uma série de outras hipóteses presentes no debate internacional ligadas aos diferentes efeitos de redes sociais diversas, assim como à associação entre redes sociais e segregação”, explicou.

No dia 20 de agosto será lançado Redes sociais no Brasil: Sociabilidade, organizações civis e políticas públicas. Com organização de Marques, o livro compara os dados da pesquisa feita em São Paulo com resultados de outro braço do estudo realizado em Salvador, na Bahia, onde foram entrevistadas 153 pessoas.

“Salvador é uma cidade com estrutura social muito diferente de São Paulo. A pobreza é diferente, o mercado de trabalho é diferente e a sociabilidade é diferente. Mas as redes sociais são parecidas e o efeito delas sobre a pobreza também é semelhante”, disse Marques.


Opportunities and Deprivation in the Urban South
Autor: Eduardo Cesar Leão Marques
Lançamento: maio de 2012
Preço: US$ 99.95
Páginas: 198

sábado, 30 de junho de 2012

Social Media Day #smday

Hoje acontece o Social Media Day! 




Centenas de cidades do mundo vão celebrar o Social Media Day com eventos que irão tratar de assuntos ligados às conexões via redes sociais ao redor do mundo.

Várias cidades brasileiras terão programação especial com convidados para a data, como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Recife (PE), Macéio (AL), entre outras e em Americana não será diferente. O evento acontece pela segunda vez na cidade e visa aproximar profissionais, estudantes e curiosos além das redes sociais, para falar da comunicação digital.





Quer participar? Visite a página do Social Media Day no Facebook (http://www.facebook.com/SMDayAmericana), lá você faz o seu cadastro e fica sabendo todos os horários e detalhes da programação. Aproveite e agite sua turma para curtir junto com você. Afinal, em um evento de interação, quanto mais gente, melhor!


Onde: Teatro de Arena Elis Regina | Rua Piauí, 1080 - Jd. Colina - Americana / SPQuando: Sábado, 30 de Junho, a partir das 14hEntrada: 1 kg de alimento não perecível

Fora do país, Buenos Aires (Argentina), Nova Iorque (Estados Unidos), Toronto (Canadá), Barcelona (Espanha), Tóquio (Japão), Joanesburgo (África do Sul), também estão entre os locais que irão realizar atividades específicas para celebrar o dia.
O primeiro Social Media Day foi comemorado a dois anos atrás, uma inciativa tomada pelo site Mashable. Desde então, a data é comemorada anualmente com atividades, e 90 países já realizaram encontros relacionados com o assunto, em mais de 700 eventos realizados pelo mundo.
Não fique de fora, participando dos eventos pessoalmente ou através da hashtag #smday. Definitivamente é um dia a ser comemorado, pois as redes sociais foram uma das maiores revoluções já vistam em relação a relacionamentos e união de pessoas atrás dos mesmos objetivos no mundo todo.
Várias manifestações feitas através dessas redes sociais tiveram uma repercussão tão grande, que algumas delas até mesmo mudaram o curso de situações e movimentos criados. As redes sociais são a prova cabal de que, quando o povo se une para atingir um objetivo, ele pode ser atingido.





Site do Social Media Day em São Paulo.





segunda-feira, 11 de junho de 2012

Novas formas de velhas lutas

Tuitaço pelos 10% do PIB para a educação pública


11/06/201
Fonte: ARede

Nesta terça-feira, dia 12 de junho, está previsto o início da votação do novo PNE (Plano Nacional de Educação). Tramitando na Câmara dos Deputados como Projeto de Lei 8025/2010 (PL 8035/2010), será este plano que determinará as diretrizes, metas e estratégias educacionais para os próximos dez anos.

No momento, é o patamar de investimentos a serem feitos pelos governos federal, estaduais, distrital e municipais o principal ponto de divergência entre os atores envolvidos, isto é, governo e sociedade civil. O governo pretende disponibilizar recursos equivalentes a 7,5% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação pública. Em contrapartida, a sociedade civil exige, pelo menos, 10% do PIB para a área, procurando conciliar expansão do acesso à educação com melhoria do padrão de qualidade.

Para pressionar os parlamentares a aprovarem um PNE adequado, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação realiza, a partir de amanhã, nova mobilização virtual pelo Twitter. A ação acontecerá na terça e quarta-feira, respectivamente, dias 12 e 13 de junho, a partir das 10 horas da manhã até às 20 horas de cada data.

Nas últimas semanas, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação tem realizado tuitaços com o objetivo de pressionar deputados e deputadas da Comissão Especial que analisa o PNE a votarem pelos 10% do PIB.  Nos dias 29 e 30 do mês passado, as hashtags #VOTA10 e #PNEpraVALER foram tuitadas por milhares de estudantes, professores, ONGs, jornalistas, parlamentares e artistas. Isso possibilitou que o governo notasse o quanto a sociedade civil está atenta e preocupada com o andamento do PNE no Congresso. E fez com que diversos parlamentares se posicionassem positivamente aos 10% do PIB.

Segundo Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a adesão da sociedade civil em conjunto com a manifestação de parlamentares de diversos partidos tem conquistado a opinião pública. “O governo percebeu que há chance de ser aprovado o patamar de 10% do PIB para a educação. O próprio governo tem conhecimento de que se o índice não for aprovado pela Comissão Especial, os parlamentares levarão o tema a Plenário”, justifica o coordenador.

Vale lembrar que a  Campanha Nacional pelo Direito à Educação e a Fineduca (Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação) desenvolveram estudos que comprovam que os 7,5% do PIB são insuficientes e incapazes de aliar expansão de matrículas com padrão de qualidade. Além disso, o Comunicado 124 do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada do Governo Federal) apresenta diversas alternativas de fontes de financiamento capazes de viabilizar os 10% do PIB para a educação pública.  (Assessoria de imprensa)

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Revolução Virgeo: virtual e geográfica

INDIGNADOS
30/04/2012 - 09h30 | Pedro Henrique França | Nova York
Fonte: Opera Mundi

Occupy Wall Street resgata Primeiro de Maio nos EUA e convoca "apagão de consumo"

O movimento, que ocupou o centro financeiro de Nova York, também sugeriu uma greve nacional

Pedro Henrique França/Opera Mundi

Por décadas, trabalhadores em todo o mundo tem no 1º de Maio um feriado nacional e um dia de protestos. Os Estados Unidos, país onde a data se originou, não. Esse ano, o movimento Occupy Wall Street irá tentar mudar essa realidade, convocando para esta terça-feira (01/05) uma greve geral e um "apagão de consumo", denominado "Um dia sem o 99%". O movimento, iniciado em agosto de 2011 no Parque Zucotti, uma praça no coração financeiro de Nova York, e que se espalhou por várias cidades do mundo, inclusive no Brasil, pretende ocupar mais uma vez as ruas de Manhattan.

“Estamos trazendo de volta a atenção para Wall Street”, conta ao Opera Mundi o médico brasileiro Alexandre Carvalho, um dos idealizadores do Occupy.

A luta recomeça amanhã, conclamando os apoiadores a não irem à escola, ao trabalho e, principalmente, às compras. Algo semelhante foi feito no fim do ano passado, quando estima-se que seis milhões de norte-americanos transferiram suas poupanças de grandes bancos para pequenas instituições financeiras. Bancos como o Bank of America estão entre os principais vilões da crise econômica, pois foram ajudados pelo governo do presidente Barack Obama logo após o colapso no mercado imobiliário. No segundo semestre de 2009 o índice de desemprego já batia a casa dos 10%.

A articulação para o "Dia D" se fortaleceu nos últimos dias, quando os ativistas montaram um acampamento em frente à Bolsa de Valores para divulgar o ato. A programação do "Strike May 1st" começa com a ocupação do Bryant Park, logo pela manhã, onde acontecerão eventos culturais. Depois, às 16h, seguem em marcha para a Union Square. Às 19h, outra marcha, desta vez para seu lugar de origem, o Zucotti. A estimativa é que mais de 10 mil pessoas participem.

Pedro Henrique França/Opera Mundi
A ideia, diz Carvalho, é reacender a chama da indignação, um pouco apagada com as baixas temperaturas do rígido inverno norte-americano e, sobretudo, ao grande revés sofrido em novembro, quando a polícia de Nova York e de outras cidades dos EUA evacuaram os ocupantes de suas praças, proibindo-os de continuar instalados em suas sedes. “Perdemos muitos ativistas com isso”, conta Carvalho. “A nossa liberdade foi enjaulada. De repente as leis mudavam toda hora. Temos até um jingle que diz ‘I Get Confused When The Law Changes Everyday' [Eu fico confuso quando a lei muda todo dia]”.

O "May Day", dizem os ativistas, é só o começo. Ações semelhantes devem se espalhar ainda pela Europa entre 12 e 15 de maio. “Acho que na Europa vai ser ainda maior que nos EUA”, analisa Carvalho, alegando o impacto da crise econômica como principal fator de mobilização.

As autoridades nova-iorquinas e a polícia, desde o início do movimento, têm acompanhado e armado barricadas no entorno da nova sede, a Bolsa de Valores. E, como em outras iniciativas do Occupy - a exemplo da caminhada na Ponte do Brooklyn e do ‘Occupy Times Square’ -, as chances de confusão e prisões são grandes. “Nós sabemos [que teremos problemas] e fazemos piada até. Fulano sempre diz para o outro ‘Te vejo na prisão’”, diz o brasileiro.

Revolução virtual

Mesmo com a baixa de ativistas pela falta de espaço geográfico - e também por conta do inverno nova-iorquino -, o Occupy nunca deixou de existir, graças sobretudo à internet. O movimento manteve-se forte nas redes sociais - Twitter e Facebook -, além de diárias trocas de e-mails e por meio de informativos enviados via mensagem aos celulares de uma grande rede de cadastrados.

“Vivemos a era do que nós chamamos de revolução ‘Virgeo’: virtual e geográfica”, pontua Carvalho. Segundo ele, diferentes núcleos controlam esses meios de informação, uma tendência, diz, de um movimento descentralizado, da “revolução no século XXI”. “Não temos um líder, um grupo. Temos vários coletivos e vários líderes. A palavra centralização não existe na nossa luta.”

segunda-feira, 5 de março de 2012

Privacidade de quem?


Twitter is selling your old Twettes
Twitter has sold a bunch of old tweets to a firm called DataSift, which will analyze them for marketing purposes.
The Mail Online reports that DataSift is the first such company to get access to the tweets, which go back two years. Another 1,000-plus companies are on DataSift’s waiting list.
DataSift confirmed the report to Mashable, but Twitter could not be reached for comment. The former has launched a product called DataSift Historics, which lets companies extract insights and trends that relate to brands, businesses, financial markets, news and public opinion, a rep says. DataSift will analyze public tweets, not private ones. If you delete a tweet, it’s deleted from DataSift’s archives.
Selling old tweets would be one way to monetize Twitter’s archive. So far, Twitter’s focus has been on building revenues by advertising to its 100 million or so active monthly members rather than selling its data.
Twitter makes the bulk of its revenues through advertising. A private company, Twitter doesn’t disclose its finances. However, eMarketer estimates that Twitter will earn about $259.9 million this year and $399.5 million in 2013.
The latest revelation is sure to rankle privacy advocates, who have so far focused on Google and Facebook. Both of these companies have been accused of having too free a hand with consumer data.
What do you think? Do you care what Twitter does with your old tweets? Sound off in the comments.