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segunda-feira, 20 de julho de 2015

ódio na internet



UNESCO lança estudo sobre como enfrentar discursos de ódio na Internet

Fonte: Nações Unidas

Documento fornece uma visão global da dinâmica que caracteriza o discurso de ódio online e algumas das medidas que foram adotadas para combatê-lo e atenuá-lo.

Foto: Humaniza Redes
Foto: Humaniza Redes

Um novo estudo lançado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no mês passado fornece uma visão global da dinâmica que caracteriza o discurso de ódio online e algumas das medidas que foram adotadas para combatê-lo e atenuá-lo, destacando as boas práticas que surgiram nos níveis locais e globais. Ele foi desenvolvido em cooperação com o Programa em Direito de Mídia Comparado e Política (PCMLP) da Universidade de Oxford.

“Enfrentando o discurso de ódio online” foi apresentado durante a conferência “Juventude e a
Internet: Radicalização do Combate e Extremismo”, realizada em Paris em 16 e 17 de junho. Oferecendo uma análise abrangente dos quadros normativos internacionais, regionais e nacionais desenvolvidas para abordar o discurso de ódio online, e suas repercussões para a liberdade de expressão, o estudo coloca particular ênfase nos mecanismos sociais e não regulamentares que podem ajudar a combater a produção, divulgação e impacto das mensagens de ódio online.

Quatro principais áreas de tensão que podem surgir entre as normas internacionais destinadas a regular a liberdade de expressão e as obrigações dos Estados e sociedades para combater ou limitar o discurso de ódio são abordadas no estudo.

Além disso, centra-se em quatro tipos de iniciativas que foram lançadas para enfrentar o surgimento e/ou a propagação de mensagens de ódio. Com base nestes casos, o estudo prevê um conjunto de recomendações que podem ser adotadas por uma grande variedade de interessados para desenvolver respostas concretas e adaptáveis.

O texto completo está disponível aqui (em inglês).

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Uma proposta de adendo à reflexão sobre os discursos de ódio na rede,  algo sobre as crianças postas (postadas?) na rede por seus pais.

Em Portugal, Justiça proíbe pais de publicarem fotos de filhos em redes sociais

21/07/2015 às 16:19

Escrito por: Redação
Fonte: Convergência Digital 

A decisão é de um dos estados (províncias) de Portugal, mas deve gerar jurisprudência no país, segundo relata a imprensa local: as crianças não são de propriedade dos pais e, portanto, esses não podem publicar fotos de seus filhos nas redes sociais.
 
A sentença é do Tribunal de Relação de Évora – equivalente no Brasil a um acórdão da Justiça estadual – no caso de pais separados que disputam a tutela da filha de 12 anos. Segundo revelou o Correio da Manhã, de Portugal, “a par da publicação de fotos, os pais não podem publicar nas redes sociais dados que permitam localizar ou identificar os respetivos filhos”.
 
O acórdão diz expressamente que “esta imposição é uma obrigação dos pais, tão natural quanto a de garantir o sustento, a saúde e a educação. Na verdade, os filhos não são coisas ou objetos pertencentes aos pais e de que estes podem dispor a seu bel-prazer. São pessoas e consequentemente titulares de direitos.”

terça-feira, 5 de maio de 2015

As "trocas" nas "redes": que nós tecem as comunidades discursivas?

05/05/2015 às 16:47

Jornalista do DF publica foto e sofre ataque racista na internet

Escrito por: Redação do FNDC 
Fonte: R7

Injúria racial gera revolta entre internautas e milhares manifestam apoio à vítima no Facebook

Um ataque racista contra uma jornalista negra de Brasília (DF) por meio do seu perfil numa rede social causou forte comoção dentro e fora da Internet nesta terça-feira (5). Cristiane Damacena publicou no dia 24 de abril uma nova foto no Facebook e cinco dias depois passou a sofrer injúrias de cunho racial por ao menos 5 perfis diferentes. Ela foi chamada de “macaca” e “escrava” e sofreu zombarias por causa da cor da pele.
 
De lá pra cá o caso ganhou repercussão e o apoio a Cristiane extrapolou sua rede de amigos no Facebook. Ao meio-dia desta terça-feira já eram 14.663 curtidas na foto, onze mil comentários e 353 compartilhamentos. Mensagens em defesa da jornalista, elogios a sua beleza e manifestações de apoio formam a maior parte dos comentários. Ela é chamada de "linda" em vários deles. A vítima não quer falar sobre os ataques e contratou advogado para tratar do assunto. Numa das agressões, um internauta afirma que ela usa um vestido amarelo "porque é a cor preferida do macado pois lembra a banana".

Segundo o advogado Renato Ópice Blum, especialista em crimes cibernéticos ouvido pelo R7 DF, a identidade de quem ataca pela Internet pode ser descoberta em menos de 48 horas no Brasil. A investigação começa pelo IP (espécie de registro que cada computador, -  ou smartphone, usa no acesso à rede) e chega ao endereço onde houve a conexão à Internet. De acordo com o advogado, mesmo se o acesso foi feito numa máquina instalada numa lan house é possível descobrir o agressor com a ajuda de câmeras de segurança.
Depois de identificados, os responsáveis podem responder pelo crime de injúria qualificada com pena que varia de um a três anos.
Para a advogada Indira Quaresma, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-DF, as vítimas de injúria racial devem tirar uma cópia da página em que as ofensas estão postadas e com ela fazer um boletim de ocorrência. A partir do boletim a investigação começa a ser feita pela Polícia mediante uma ação penal privada.
De acordo com a SEPPIR, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, a pasta recebeu 567 denúncias de racismo em 2014 (entre casos virtuais e não virtuais) e 200 só neste ano. Segundo a assessoria de comunicação do órgão, o caso será acompanhado até que o inquérito aberto seja enviado para denúncia do Ministério Público. A ministra da SEPPIR, Luiza Bairros, que está cumprindo agenda no Maranhão, pode se pronunciar ainda nesta terça-feira sobre os ataques à jornalista.
A Polícia Civil do Distrito Federal, que é responsável pelas investigações em casos como o da jornalista Cristiane Damacena ainda não se pronunciou sobre o assunto.