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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


Passo à frente

A história dos bons projetos de formação, sejam na área de educação, de cultura ou de inclusão digital e social, é feita de acúmulos. E, ao atingir um determinado patamar de amadurecimento, muitas vezes ocorre um salto de qualidade marcante ou mesmo a quebra de paradigma.

Os 56 projetos de inclusão digital que compõem esta edição do Anuário ARede, focado nas iniciativas desenvolvidas pelas organizações do Terceiro Setor e por empresas, mostram um avanço dos programas em direção a políticas inclusivas mais consistentes.
Ao contrário do que acontecia no passado, e continua ainda a ser realidade em muitas iniciativas patrocinadas por empresas, os projetos aqui descritos vão além da oferta de conexão à internet e da alfabetização digital básica. Estão atentos ao uso das ferramentas tecnológicas para atingir objetivos educacionais, à capacitação do público atendido para o mercado de trabalho, ao desenvolvimento do potencial criativo dos alunos para serem produtores de cultura digital.

Em relação aos projetos da edição 2010-2011 do Anuário ARede, é nitída a evolução dos que compõem esta edição. Mas ainda não atingiram a etapa do salto qualititativo, de transformar o potencial da informação em rede e do trabalho em rede em ferramentas de uso cotidiano nos projetos para o exercício da cidadania. O desafio que se coloca, agora, é a quebra de paradigmas.

Lia Ribeiro Dias
Diretora Editorial

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sopa, Pipa, Anonymous... velhas lutas nos novos meios

A guerra na rede

Fonte: Autoria em Rede 

post de Bia Martins

23/01/2012

A semana passada marcou a passagem para um novo patamar na luta pela liberdade na rede. Por um lado, houve a maior ameaça de todas para a cultura digital, com a possibilidade de aprovação dos projetos Stop Online Piracy Act (SOPA) e PROTECT IP Act (PIPA) pelo Congresso americano. (Leia mais sobre o SOPA neste post.) Mas, por outro, a potência de resistência da rede se mostrou como nunca.

Na quarta-feira, dia 18 de janeiro, milhares de sites em todo mundo estiveram fora do ar para protestar contra essas proposições, liderados pela gigante Wikipedia. A mobilização resultou em milhões de emails de protesto sendo enviados para os congressistas que acabaram adiando a votação do projeto. Não se pode dizer que desistiram da ideia, mas sem dúvida perceberam que votar contra a liberdade da rede pode representar uma enorme perda de votos.

No dia seguinte, como numa retaliação, o FBI fechou o site Megaupload, um serviço de compartilhamento de arquivos, por onde circulavam filmes e músicas protegidos por direito autoral, mas também muito material livre, arquivos produzidos pelas próprias pessoas que tinham ali um meio de partilhá-los com seus amigos.

Em seguida, o grupo de ciberativistas Anonymous retirou do ar os sites da Motion Picture Association of America (MPAA), da Recording Industry Association of America (RIAA), do Departamento de Copyright da Casa Branca e até mesmo do FBI, entre outros, deixando evidente que o jogo de forças nesse conflito está longe de ser definido.

O interessante, a meu ver, é perceber como mudaram as armas de combate. Na guerra em rede, a resistência ao controle tem o poder de desestabilizar o sistema num novo paradigma no qual a inteligência, ou a potência cognitiva, pode rapidamente mudar o placar. O grande diferencial é que poder econômico não pode mais querer dar as regras sem ter que enfrentar a força dos que lutam para manter a Internet livre.

Tenho defendido que a livre circulação das informações e, portanto, da cultura e do conhecimento, é parte da dinâmica do capitalismo atual, de caráter cognitivo, e por isso mesmo é irrefreável. Pode-se até tentar deter o fluxo, como tem sido feito, mas a dinâmica do compartilhamento é algo tão intrínseco à rede e já tão incorporado como prática social que não tem como voltar atrás.
Resta-nos, então, aguardar os próximos rounds da batalha.

Deixo aqui alguns links para dois artigos interessantes sobre o tema:

EUA farão do combate à pirataria a nova guerra às drogas, diz analista – entrevista com Sergio Amadeu.

Saiba quem são os Anonymous, que derrubaram o site do FBI

***
veja aqui uma das mensagens do Anonymous:


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Ativismo na rede, pela rede!


 Fonte: youpix - pessoas + pixels






18 janeiro 2012

Hoje, definitivamente, é uma das datas mais marcantes na internet. Os principais sites da web estão lutando para proteger a própria rede do SOPA e o PIPA – dois grandes projetos de lei que ameaçam mudar tudo o que a internet é e representa. Caso você ainda não saiba muito bem do que tratam essas duas siglas e quais são seus perigos, aqui a gente explica tudo bonitinho.

Como o SOPA e o PIPA podem realmente prejudicar a internet e, consequentemente, grandes empresas e sites que trabalham com isso, vários gigantes e entusiastas da web resolveram se posicionar contra. Pra você ter uma noção de como estão essas lutas ao redor da web, resolvemos dar uma compilada dos principais protestos dos maiores sites:


Um dos maiores berços da cultura de internet, replicador de virais e memes, o Reddit é um dos principais sites da internet inteira. Quem entrar no Reddit hoje, vai encontrar um site preto, cheio de links para se informar e protestar.




Até ela, que já te salvou milhões de vezes, também é uma das principais organizações contra o SOPA. A versão em inglês do site também resolveu aderir ao blackout e a mensagem que eles deixam é bem clara:
“Por mais de uma década, nós gastamos milhões de horas construindo a maior enciclopédia da história humana. E, exatamente agora, o Congresso dos EUA está considerando um projeto de lei que pode danificar a internet livre e aberta. ”




O Google ainda não fez apagão, mas deixou um simples link na página principal da versão americana do site. Ela te direciona para uma hotpage especial feita especialmente pra lutar contra o SOPA, com um PDF explicando tudo bonitinho e uma petição para enviar ao Congresso dos EUA.


É um enorme portal de notícias de tecnologia e internet nos EUA. E também tá fazendo blackout de 100%, com um link pra você também enviar sua petição ao Congresso Americano.


A maior revista e site de cultura web do mundo fez um semi-apagão animal. O site tá todo censurado, com tarjas pretas em cima de tudo, chamando a atenção das pessoas pra também assinarem a petição contra o SOPA


Pra você ter uma noção de como o SOPA e o PIPA podem prejudicar qualquer tipo de site, até o Explosm, que faz aquelas tirinhas do Cyanide and Happines, fez apagão. Sim, o humor e o entretenimento de internet podem ser prejudicados pela própria indústria do entretenimento offline.


Uma das plataformas mais populares de blogs pelo mundo inteiro também fez apagão. É claro que os blogs que usam o WordPress continuam funcionando normalmente, mas a home deles não.


Outro site genial e importantíssimo para a cultura de internet. Eles aderiram ao blackout criando o GIF mais genial do dia e que resume bem o SOPA:


A Clara Gomes, nos lembrou de outro site gigante que aderiu legal aos protestos. O Imgur é um dos maiores do mundo em compartilhamento de imagem. Mas, hoje, qualquer imagem que você abrir lá, aparecerá isso: