Passo à frente
A história dos bons projetos de formação, sejam na área de educação, de cultura ou de inclusão digital e social, é feita de acúmulos. E, ao atingir um determinado patamar de amadurecimento, muitas vezes ocorre um salto de qualidade marcante ou mesmo a quebra de paradigma.
Os 56 projetos de inclusão digital que compõem esta edição do Anuário ARede, focado nas iniciativas desenvolvidas pelas organizações do Terceiro Setor e por empresas, mostram um avanço dos programas em direção a políticas inclusivas mais consistentes.
Ao contrário do que acontecia no passado, e continua ainda a ser realidade em muitas iniciativas patrocinadas por empresas, os projetos aqui descritos vão além da oferta de conexão à internet e da alfabetização digital básica. Estão atentos ao uso das ferramentas tecnológicas para atingir objetivos educacionais, à capacitação do público atendido para o mercado de trabalho, ao desenvolvimento do potencial criativo dos alunos para serem produtores de cultura digital.
Em relação aos projetos da edição 2010-2011 do Anuário ARede, é nitída a evolução dos que compõem esta edição. Mas ainda não atingiram a etapa do salto qualititativo, de transformar o potencial da informação em rede e do trabalho em rede em ferramentas de uso cotidiano nos projetos para o exercício da cidadania. O desafio que se coloca, agora, é a quebra de paradigmas.
Lia Ribeiro Dias
Diretora Editorial
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