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quinta-feira, 20 de março de 2014

"É gratuito e sempre será"

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Em silêncio, proprietários da plataforma reduzem drasticamente difusão não-paga de conteúdos, instituindo discriminação financeira e afetando movimentos e jornalismo independente
Por Renan Dissenha Fagundes, no YouPix
Dezembro de 2013 será lembrado no futuro como o Começo do Fim do Almoço Grátis no Facebook. Foi no último mês do ano passado que a rede social fez a atualização mais recente no algoritmo que decide o que você vê no newsfeed. Pouco antes, em outubro e novembro, era tudo bonança. De lá pra cá, o alcance orgânico de páginas está despencando, muito. E, se não está indo para zero, caminha para algo bem próximo.
Uma fonte disse ao site ValleyWag nesta quarta-feira (19) que o Facebook está em processo de cortar o alcance orgânico — o que uma página atinge sem pagar — para algo em torno de 1% ou 2% (!!!). O que quer dizer: alguém que tem 100 mil likes, vai se comunicar ~organicamente~ apenas com algo em torno de mil e 2 mil fãs. O número aumenta, claro, quanto maior o engajamento, mas isso também já não é na mesma proporção de antes.
Por enquanto quem tem mais sentido a mudanças são os publicitários. No começo do mês, a Social@Ogilvy publicou um estudo feito com 100 páginas de marcas mostrando a devastação dos alcances — a média está em 6%, mas quem tem mais de 500 mil likes já está na casa dos 2%, como talvez seja previsto para todos pela rede social. Segundo o mesmo post, “fontes do Facebook estão aconselhando não-oficialmente gerentes de comunidades a esperarem que [o alcance orgânico] chegue perto de zero”.
O que preocupa é como as mudanças vão afetar outros tipos de páginas — sejam pequenos negócios, blogs, associações de moradores, ou veículos jornalísticos. Porque a solução para isso tudo, claro, é pagar. E marcas podem até ter dinheiro para isso [grandes empresas de mídia também] mas a maior parte das pessoas, não. A situação é notoriamente preocupante na mídia porque a audiência de muitos sites hoje depende da rede social.Em breve, você pode nem estar lendo este post simplesmente porque ele não apareceu no seu feed de notícias — por uma decisão arbitrária e talvez até aleatória do Facebook, mesmo que você tenha curtido a página do youPIX e o tema te interesse. A rede social vem dizendo que vai dar mais validade para conteúdo de relevância, mas não é claro como vai decidir isso e escolher parceiros [o Buzzfeed americano é um há tempos já].
Simplesmente não é saudável para a internet todo mundo ser tão dependente assim de um único site que, no fim, é também um negócio e precisa dar um jeito de ganhar dinheiro.

sábado, 6 de julho de 2013

Crianças pobres e esquecidas desafiam o Google Maps

Fonte: Pragmatismo Político

Crianças pobres e esquecidas desafiam o Google Maps

Postado em: 5 jul 2013 às 11:28

Quando crianças desafiam o Google Maps. A emocionante luta pela busca de identidade que ajudou toda uma comunidade. Assista abaixo

crianças google maps
Quando crianças desafiam o Google Maps. (Imagem: Reprodução/Documentário)
Luciana Galastri, Revista Galileu

Um grupo de jovens com idades entre 10 e 14 anos chamados de Dakabuko (que significa ‘audacioso’ ou ‘corajoso’) resolveu agir quando percebeu que o Google Maps havia deixado de fora o lugar onde eles moram – uma das favelas da cidade de Kolkata, na Índia.
A região aparece em branco na pesquisa, como se não houvesse nada na área. Em um documentário, uma das integrantes conta que sua mãe perguntou ‘tem certeza que não estamos no mapa? O mundo todo está registrado’. E ela responde, com convicção absoluta ‘não, não estamos lá’.
Então os Dakabuko resolveram pesquisar a região por conta para construir um mapa. De acordo com Amlan Ganguly, assistente social que os acompanha, ter sua região registrada e mapeada faz parte dos direitos de qualquer cidadão. Eles não apenas fizeram a planta do local como também numeraram as casas, para que os moradores pudessem indicar seus endereços com mais facilidade.
O objetivo final do projeto é que, com o mapa, eles possam monitorar áreas onde habitantes ainda não tiveram acesso à vacina contra pólio. E graças ao trabalho dessas crianças, que chamam a comunidade para os postos de saúde, o número de vacinações na região aumentou 80%. Com a ajuda de um projeto da Universidade de Columbia eles até ganharam telefones para registrar a frequência das vacinações de cada habitante.

Confira o documentário emocionante:

sábado, 5 de maio de 2012

Aquecimento Global, (novo) Código Florestal, Veta Dilma! Construção e desconstrução de fórmulas discursivas num jogo político

    Não é novidade pra ninguém que a aprovação ou veto do texto no novo Código Florestal para o Brasil está em pauta.
    Conforme o texto foi sendo aprovado pelas instâncias políticas responsáveis, a pressão da população através das mídias sociais e atos de manifestação foi aumentando no sentido de que o veto ocorra.

Página "Veta Dilma" no Facebook: com mais de 7,268 "likes", usuários trocam informações e se organizam com posição contrária à aprovação do dito novo Código Florestal brasileiro.
Ministro Rebelo é recebido com protesto contra Novo Código Florestal.

   Toda essa movimentação cristalizou(?) os dizeres "Veta Dilma!" tal qual um S.O.S. ambientalista. Mas o assunto aqui, na verdade, não é levantar questões sobre o que há de positivo e/ou negativo no texto do novo Código Florestal (que, ao ser enunciado desta maneira ad infinitum, já parece naturalizar a polêmica e emergir a ideia de que ele é, de fato, O NOVO Código Florestal, não é?), mas trazer à luz uma curiosidade repentina, nesta altura do campeonato (faltando somente a aprovação da última instância política nacional, da presidentA), que algumas emissoras de TV aberta nacional tiveram sobre o conceito (antigo?) de "Aquecimento Global" (outra fórmula?). 

Observem:


'O aquecimento global é uma mentira', é o que afirma o Climatologista Ricardo Augusto - Programa do Jô (Rede Globo)




Aquecimento global: houve exagero, diz doutor - Jornal da Band (Grupo Bandeirantes)



    Alguns dizeres (valores) estão sendo colados ao sintagma "Aquecimento Global": teoria, hipótese; quando, não há muito tempo, ele era uma "verdade incoveniente"... Saber que a linguagem não é transparente pode ser um trunfo quando se tem em mente para onde ela deva refletir e refratar. E pra onde seria?