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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Novas mídias articuladas formarão a próxima grande mídia


  

9.12.2015 - 9:36  

debate Mídia de Massas e Massas de Mídia trouxe para o Emergências a apresentação de destacadas experiências de comunicação alternativas à tradicional grande mídia. O debate foi realizado na tarde dessa terça-feira (8) no palco principal da Fundição Progresso, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro (RJ).

A mesa formada majoritariamente por mulheres foi mediada pela secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (MinC), Ivana Bentes, que definiu a proposta do debate como uma pequena mostra de projetos latino-americanos que resolveram não esperar o fim dos oligopólios midiáticos por meio de regulamentação legal, passando à experimentação em verdadeiros "laboratórios de novas narrativas". Nas palavras da secretária, "a articulação dessas novas mídias é a nova grande mídia".

Debate Mídia de Massas e Massas de Mídia trouxe para o Emergências a destacadas experiências      de comunicação alternativas à tradicional grande mídia (Foto: Rafael Vilela)
A experiência dos Jornalistas Livres foi apresentada pela jornalista Laura Capriglione. Por meio de um detalhado relato sobre as recentes ocupações de escolas públicas de São Paulo e sobre a cobertura realizada pelos próprios estudantes, por seu coletivo e pela mídia tradicional dessas mobilizações, ela reafirmou a necessidade e a possibilidade concreta de se criarem narrativas contra-hegemônicas com alcance massivo.

Descontentes com o tratamento truculento que recebiam do governo e da imprensa, que os tratavam como vândalos, os estudantes organizaram em todas as escolas ocupadas uma página no Facebook e oficinas para aprenderem a fotografar e a conceber, filmar e editar vídeos, por exemplo. Tudo com ajuda de vários outros coletivos, entre eles os Jornalistas Livres, que conseguiram gravar e publicar falas do então secretário de Educação de São Paulo revelando sua tática de guerra contra os jovens. 

"Descobrimos que eles [Governo de São Paulo] iriam fazer uma reunião com os diretores para preparar essa guerra e esse foi exatamente o termo que eles usaram. E isso foi gravado. E imediatamente os jovens foram pra rua para falar: se quer guerra terá, se quer paz quero em dobro", contou Capriglione.

#YoSoy132

Vinda do México, Ana Rolón contou a história do movimento estudantil #YoSoy132, nascido de um protesto feito por 131 estudantes da Universidade Ibero-americana durante uma visita do então candidato à presidência do México Enrique Piñera Nieto, acusado de violar os direitos humanos. Hostilizados pelo candidato e chamados de "manifestantes pagos", os estudantes publicaram um vídeo na internet sobre o ocorrido que, em menos de uma hora, obteve mais de 1 milhão de visualizações.   

"Aí percebemos a internet como uma ferramenta poderosa para democratizar a comunicação. Por suas qualidades rizomática e democrática, ela apresentava novas soluções para responder às nossas novas necessidades", relatou. 

Com a viralização do vídeo, espalhou-se pela rede também a hashtag #YoSoy132 em apoio aos estudantes. Daí nasceria o movimento que, durante as eleições, conseguiu realizar um debate com os candidatos a presidente transmitido ao vivo via internet e sem a participação de Piñera, que se negou a comparecer. Esse vídeo hoje possui quase 1,5 milhão de visualizações no canal do movimento no Youtube. Passado o pleito, os estudantes transformaram seus canais digitaisem espaços de difusão de conteúdos relacionados a pautas de movimentos sociais.

Também do México e com inspiração no movimento Zapatista, o espaço de comunicaçãoDesinformémonos foi apresentado pela jornalista Gloria Munhoz como uma tentativa de combater a criminalização de lutas sociais e, ao mesmo tempo, refletir criticamente sobre elas. "O conceito é desaprender um monte de coisas que nos ensinaram e não ter só uma informação complementar, mas outra informação, construída de baixo para cima", definiu Munhoz, agregando que atualmente os conteúdos postados por eles nas redes sociais tem em média 35 milhões de interações por semana.

Uma experiência similar, mas concebida no Uruguai, foi contada por Lucas Silva, um dos integrantes do jornal-cooperativa La Diária. "A proposta é ampliar a agenda informativa, de maneira contextualizada e enfocando temas como gênero, direitos humanos, economia solidaria e outros", destacou.

O jornalista colombiano Holman Morris falou sobre sua experiência como diretor da TV pública da cidade de Bogotá. Criador do programa de TV Contravia, que mostrava as violações aos direitos humanos "em uma época em que o governo de Alvaro Uribe dizia que na Colômbia não havia conflito armado, nem desaparecidos", Morris afirmou ter sido preso arbitrariamente duas vezes e exilado por retaliação ao seu trabalho. 

O jornalista voltou a seu país convidado para assumir o cargo na TV pública de Bogotá com a missão de coloca-la a serviço dos direitos humanos e de uma cultura de paz. "Vimos que não basta ter um canal. O importante era fazer diferente do tradicional, aprender como relatar, projetar e qual era a agenda própria desse canal. Então, entregamos o canal às pessoas: aos movimentos jovens, Hip Hop, LGBT, ambientalistas. Uma TV de muitas caras e cores", contou.

Já o ator e humorista brasileiro Gregório Duduvier pouco falou sobre seu projeto Porta dos Fundos, dedicando seu tempo às críticas sobre as relações promíscuas que tanto a política como os meios de comunicação mantêm com o grande capital, o que limitaria o potencial transformador de ambos. Porém, todas as ações de caráter conservador por eles praticadas são justificadas em nome "do suposto gosto conservador do povo", disse ele.  

"Sempre tive que lidar com críticas ao humor que faço com frases do tipo ‘o povo não gosta disso', com base em pesquisas que ninguém nunca viu. Cansei de ouvir isso quando era contratado da Globo e no começo do Porta dos Fundos também. E o humor da TV aberta são as mulheres objetificadas, os homens desmunhecando, o caipira, o negro, são sempre as minorias. Basicamente, eles batem nas mesmas pessoas que a polícia", ironizou.

domingo, 6 de abril de 2014

Upworthy: jornalismo sem jornalistas?

Um jornal sem jornalistas

Upworthy, o site de maior crescimento na historia da internet, se faz sem jornalistas. Lançado em 2012, atingiu, em novembro de 2013, 87 milhões de visitantes.

por Emir Sader em 05/04/2014 às 15:44




Emir Sader

Upworthy, o site de maior crescimento na historia da internet, se faz sem jornalistas. Lançado em marco de 2012, ele atingiu, em novembro do ano passado, 87 milhões de visitantes únicos, quase três vezes mais do que o site do New York Times, e gerou 17 milhões de compartilhamentos no Facebook, publicando apenas 225 artigos.

Para se ter uma comparação, um site como Yahoo coloca, mensalmente, 115 mil artigos e gera menos de 4 milhões de compartilhamentos. A equipe do site, que não conta com nenhum jornalista busca na Internet conteúdos que ela julga interessantes. O objetivo, segundo um dos seus diretores, é “ajudar as pessoas a encontrar conteúdos sérios mas divertidos”.

Eles consideram que vale mais a pena menos conteúdos de boa qualidade do que bombardear o público com milhares de artigos de má qualidade. A estrutura dos textos do Upworthy é sempre a mesma: duas frases curtas, do tipo: “Nós não ouvimos devidamente a voz do ameríndios. Eis a mensagem edificante de um deles.” Eles pretendem fazer com que as pessoas se interessem por temas importantes.

Um autor conhecido sobre os circuitos de internet, Johan Berger, lista 6 princípios que tornariam um texto um viral: o valor social, a facilidade de memorização, a ressonância afetiva, a possibilidade de observação (o fato de que se trata de um tema evidente para todos), a utilidade e o estilo narrativo.

Upworthy se vale do papel chave da viralidade para a difusão das informações. Eles consideram que cada vez menos pessoas leem uma história se ela não está postada por alguém em alguma das redes sociais. As histórias se tornam populares se as pessoas as compartilham no Facebook, no Twitter ou em alguma outra das redes sociais.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Que mídia pra quem?

Do impacto didático das bolinhas de papel

publicado em 1 de fevereiro de 2013 às 19:28
por Luiz Carlos Azenha
Fonte: Viomundo

Em novembro de 2011, publicamos o teor de uma palestra feita pelo ex-ministro Franklin Martins em seminário promovido pelo PT, em São Paulo:

“Não se arranha a Constituição, mas não se deixa a Constituição na prateleira. Ninguém pode ferir a Constituição. Ninguém pode engavetar a Constituição. Devemos ter no marco regulatório a Constituição na forma de marco. Na íntegra”.

Na ocasião, Franklin listou os artigos da Constituição que deveriam ser regulamentados.
Todos os que defendemos um novo marco regulatório para a mídia brasileira sabemos que se trata de ter mais, não menos mídia. De combater os monopólios — e, portanto, a propriedade cruzada — e promover o pluralismo de ideias, a diversidade.

Vários países da América Latina avançaram muitos nos últimos anos, como Gilberto Maringoni e Verena Glass deixaram claro, aqui.

Porém, o assunto não interessa à própria mídia, já que ameaça o poder de uma dúzia de famílias de definir a agenda política do Brasil e, portanto, de extrair favores e concessões de governos variados.
Por isso, a decisão deliberada de confundir regulação da mídia com censura ou restrição à liberdade de imprensa.

Pouco importa que a tal regulação não trate, obviamente, dos meios impressos e se concentre nas concessões públicas de rádio e TV.

A confusão deliberada turva o debate e é este exatamente o objetivo: confundir, não esclarecer.
Ora, se todas as empresas concessionárias de bens públicos são regulamentadas, por que não atualizar o marco regulatório das empresas de radiodifusão?

A resposta óbvia é que os concessionários se encontram na confortável posição de exercerem monopólios locais, regionais ou de alcance nacional, como a empresa que concentra mais de 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil.

Meu irmão, José Carlos, costuma dizer que ninguém fala mais da Globo que a própria Globo: as rádios promovem os colunistas de jornais, que aparecem na TV, que coloca O Globo na mão de personagens de novelas, que tocam as músicas da gravadora do grupo, que coloca seus contratados no Faustão…  e assim sucessivamente.

Este modelo é reproduzido regionalmente em todo o Brasil.
As chances de mudar são, a curto prazo, reduzidíssimas.

Por quê?

O senador Fernando Collor, que denunciou no Senado os que têm “poder de divulgação”, é ele mesmo concessionário, em Alagoas — como notou o comentarista Paulo Preto — assim como o ex-presidente José Sarney, no Maranhão.

Existem 271 políticos que aparecem como sócios de empresas concessionárias e neste quesito o PMDB de Sarney (com 17,71%) só perde para o DEM (21,4%). O PSDB vem em terceiro, com 15,87%. A estatística, dos Donos da Mídia, não inclui os laranjas.

O que quero dizer é que, embora formalmente aliado ao PT no governo federal, quando se trata da mídia o PMDB está quase que totalmente fechado com a direita na defesa de um modelo concentrador de verbas e poder político.

Podemos dizer sem medo de errar que o nó górdio da nossa jovem democracia está na confluência dos interesses dos que são aos mesmo tempo ou representam os latifundiários-congressistas-empresários de comunicação, não necessariamente nesta ordem.

Hoje, ao assumir o cargo de presidente do Congresso, Renan Calheiros concordou com Dilma Rousseff: quem regulamenta o setor “é o controle remoto”. É o mesmo que dizer que cabe ao consumidor, quando entra na farmácia, regulamentar com suas escolhas o setor farmacêutico.
O discurso de Renan demonstra que, apesar da atualidade deste debate no Reino Unido — a partir do escândalo envolvendo Rupert Murdoch e o relatório Leveson (íntegra aqui) e na Uniao Europeia (veja aqui), no Brasil ele continuará interditado no Parlamento.

(Parênteses para lembrar que, no Reino Unido, debate-se abertamente regulamentação que afetaria diretamente o conteúdo da imprensa escrita — e ninguém gritou censura!)

Para interditar o debate no Brasil contribuem dois outros fatores.

Por motivos eleitorais, o assunto não interessa neste momento à presidente Dilma. Por pragmatismo político, os  mesmos parlamentares do PT que, notou José Dirceu aqui, não se apresentam para defendê-lo ou ao partido na tribuna, por conta do julgamento do mensalão, preferem mendigar espaço na mídia tradicional a promover a verdadeira liberdade de expressão, que contemple os interesses dos trabalhadores e movimentos sociais e não apenas os interesses neoliberais dos donos da mídia.

Há raras exceções, mas fica explícito no comportamento dos pragmáticos que eles estão mais preocupados com a promoção de suas ideias ou interesses pessoais do que com a democratização do espaço público.

Porém, o cenário não é de todo desanimador. Desde que Rodrigo Vianna, ao deixar a TV Globo, expôs os bastidores da cobertura eleitoral de 2006, o que era um segredo de insiders passou a ser compartilhado por um crescente número de leitores. Os blogueiros sujos, com a colaboração de internautas e comentaristas, ajudaram a didatizar a crítica da mídia, hoje exercida cotidianamente por centenas de milhares de pessoas.

Todo período eleitoral — com suas bolinhas de papel e retrospectivas de 18 minutos sobre o mensalão — metaboliza este processo, acrescendo um número considerável de brasileiros ao rol dos que se tornam capazes de identificar de forma cristalina o jogo de omissões, descontextualizações, distorções, exageros e mentiras, como na recente “crise” do setor elétrico.

Uma coalizão entre internautas e militantes de movimentos sociais, frequentemente criminalizados pela mídia, continua sendo a melhor aposta para surpreender os atores do que, por enquanto, é um não-debate sobre mídia e democracia no Parlamento brasileiro. Já deu muito certo antes, como no lançamento do Privataria Tucana, o bestseller que a mídia tentou eliminar pelo silêncio.

Leia também:
O fosso que se abre entre opinião pública e opinião publicada

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Redes sociais e sociabilidade - wikimidia


Fonte: Agência Fapesp
Obra baseada em pesquisa feita no Centro de Estudos da Metrópole mostra como as redes sociais influenciam as chances de pessoas pobres conquistarem melhores condições de vida (WIkimedia)

Papel das redes sociais na superação da pobreza é tema de livro de pesquisador brasileiro lançado no Reino Unido

15/08/2012
Por Karina Toledo
Agência FAPESP – O papel das redes sociais na superação da pobreza e da segregação é o tema do livro Opportunities and Deprivation in the Urban South, lançado recentemente no Reino Unido pela editora Ashgate.

A obra é baseada na tese de livre-docência de Eduardo Cesar Leão Marques, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP e também um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT). Para a realização do livro a coleta de dados foi ampliada e complementada por pesquisa qualitativa sobre o uso das redes no cotidiano dos indivíduos.

A pesquisa partiu do pressuposto – amplamente aceito na literatura científica nacional e internacional – de que segregação espacial tende a produzir segregação social. Segundo Marques, isso quer dizer que, embora duas pessoas possam ter a mesma renda, uma delas pode ter piores condições de vida e perspectivas de futuro se estiver isolada espacialmente, com menos acesso a serviços públicos, à informação e a contatos com outros grupos sociais diferentes do seu.

O objetivo do estudo foi investigar de que forma as redes de relacionamento de indivíduos em situação de pobreza poderiam influenciar essa equação. “Nossa hipótese era que haveria diferentes graus de isolamento de acordo com os tipos de redes sociais que as pessoas possuem”, disse Marques.
Para testar a teoria, pesquisadores do CEM analisaram as redes sociais de 210 pessoas em sete diferentes regiões pobres de São Paulo. “Selecionamos moradores de favelas segregadas, favelas situadas perto de bairros ricos e em distritos industriais, conjuntos habitacionais e cortiços. Também foram investigadas as redes de 30 pessoas de classe média, apenas para ter um padrão de comparação”, disse Marques.

As informações levantadas foram então relacionadas com uma série de indicadores sociais. Isso permitiu identificar, por exemplo, a influência que as redes de relacionamento tinham sobre a renda dos entrevistados e sobre a probabilidade de estarem empregados e conquistarem empregos com algum grau de proteção e estabilidade.

“Percebemos que as pessoas com grande parte de sua rede social em ambientes organizacionais – como empresas, associações comunitárias, igrejas e organizações políticas – tinham melhores condições de vida quando comparadas a indivíduos com redes muito locais, centradas na vizinhança, nos amigos e na família”, disse Marques.

Segundo os resultados do estudo, o contato com pessoas diferentes facilita a superação da pobreza porque promove a circulação da informação, de recursos econômicos e de repertórios culturais.
“O tamanho da rede social não fez tanta diferença. Ela pode ter um tamanho médio, mas não pode ser muito local e homogênea. Se uma pessoa pobre tem contato apenas com gente igualmente pobre e desempregada, as chances de conseguir sair daquela situação são pequenas”, disse Marques.


São Paulo e Salvador
Após a identificação das redes de pior e melhor qualidade, os pesquisadores do CEM selecionaram 40 entrevistados anteriormente para participar de uma pesquisa qualitativa sobre os usos das redes. “Queríamos entender como as pessoas mobilizavam esses contatos, como essas redes se configuram e mudam ao longo do tempo”, disse Marques.

Os resultados da investigação já haviam sido publicados em um livro, lançado no Brasil em 2010 pela editora da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Segundo Marques, no entanto, a obra recém-lançada no Reino Unido não se resume a uma simples versão da pesquisa para o inglês.

“O objetivo principal do livro em português era introduzir no debate nacional a ideia de que a pobreza é produzida também por padrões de inter-relação, não apenas por características individuais e pelos padrões de decisão dos indivíduos. Na Europa e nos Estados Unidos já existe vasta literatura sobre esse tema. O livro em inglês, portanto, dialoga com uma série de outras hipóteses presentes no debate internacional ligadas aos diferentes efeitos de redes sociais diversas, assim como à associação entre redes sociais e segregação”, explicou.

No dia 20 de agosto será lançado Redes sociais no Brasil: Sociabilidade, organizações civis e políticas públicas. Com organização de Marques, o livro compara os dados da pesquisa feita em São Paulo com resultados de outro braço do estudo realizado em Salvador, na Bahia, onde foram entrevistadas 153 pessoas.

“Salvador é uma cidade com estrutura social muito diferente de São Paulo. A pobreza é diferente, o mercado de trabalho é diferente e a sociabilidade é diferente. Mas as redes sociais são parecidas e o efeito delas sobre a pobreza também é semelhante”, disse Marques.


Opportunities and Deprivation in the Urban South
Autor: Eduardo Cesar Leão Marques
Lançamento: maio de 2012
Preço: US$ 99.95
Páginas: 198

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Mais um bom capítulo para a história do CC


Um novo portal de livros acadêmicos gratuitos


12 de abril de 2012  18h445
    Por Tatiana de Mello Dias 
SciELO lança site que disponibiliza obras em Creative Commons
Mais de 200 livros acadêmicos estão disponibilizados em um novo portal lançado pela SciELO Brasil.
A biblioteca disponibilizará livros publicados por editoras de universidades. O portal já tem 200 títulos publicados pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Fiocruz.
Cultura contemporânea, identidades e sociabilidades: olhares sobre corpo, mídia e novas tecnologias, com organização de Ana Lúcia de Castro, é um dos livros disponibilizados
“Uma porcentagem significativa de citações que os periódicos SciELO fazem, principalmente na área de humanas, está em livros. E como um dos objetivos da coleção SciELO é interligar as citações entre periódicos, a ideia é também fazer isso com livros”, disse Abel Packer, membro da coordenação do programa, à Agência Fapesp.
O objetivo é disponibilizar entre 300 e 500 livros por ano.
As obras podem ser baixadas integralmente em PDF sob uma licença Creative Commons.