sexta-feira, 7 de junho de 2013

Geração y

Jovens brasileiros são mais otimistas quanto à tecnologia que o resto do mundo

Da redação de ARede

06/06/2013 – A Tefónica divulgou hoje pesquisa que mostra a relação entre os jovens de todo o mundo, entre 18 e 30 anos, e a tecnologia. No Brasil, foram ouvidos 1028 pessoas. Por aqui, 92% da geração do milênio, como é chamada esta geração, acreditam que a tecnologia facilita a transposição de barreiras de linguagem, em comparação a 87% em todo o mundo. Já 85% por cento creem que a tecnologia tornou mais fácil encontrar um emprego, comparado a 83% em nível global. E 71% entendem que “a tecnologia cria oportunidades para todos”, se comparado aos 69% mundialmente.
A pesquisa, feita em parceria com o Financial Times, ouviu mais de 12 mil pessoas da geração do milênio em 27 países. A geração do milênio brasileira também acredita ser mais antenada com tecnologia do que seus pares globais. Mais de um quarto (26%) acredita fortemente estar na vanguarda da tecnologia ante 19% mundialmente. A maioria (91%) descreve seu conhecimento pessoal e familiaridade com tecnologia como bom ou excelente, comparado a 79% no resto do mundo.

A pesquisa mostra que a geração do milênio brasileira – também conhecida como geração Y – está muito confiante sobre seu potencial para fazer a diferença, mais do que muitos de seus parceiros globais. A maioria (80%) acredita poder fazer diferença em suas comunidades locais, em comparação a 62% no resto do mundo. 58% acreditam poder fazer a diferença globalmente, ante 40% mundialmente.

Mais da metade (54%) afirma que a melhoria do acesso e da qualidade da educação são as maneiras mais importantes de se fazer a diferença no mundo, seguido por proteção ao meio ambiente (45%) e eliminação da pobreza (43%).

A geração do milênio brasileira também valoriza o empreendedorismo, sendo que quase metade (47%) estima que ser um empreendedor é muito importante. Quase um quarto (24%) acredita ter oportunidades de tornar-se empreendedor em seu país ou desenvolver e trazer uma ideia ao mercado (contra 19% mundialmente).

Mesmo entre um número significativo de jovens cujos pontos de vista e comportamento refletem atitudes geralmente positivas em relação à tecnologia, empreendedorismo e habilidade em fazer a diferença localmente, a pesquisa da Telefónica identificou integrantes da geração do milênio que se destacaram dos demais: 11% dos pesquisados que formam um grupo definido como “líderes da geração do milênio”.

Os líderes da geração do milênio são os entrevistados que acreditam estar na vanguarda de tecnologia, fazer a diferença em suas comunidades locais e ter a oportunidade de tornarem-se empreendedores em seu país ou desenvolver e trazer uma ideia para o mercado.

Além disso, 39% dos líderes da geração do milênio brasileiros acreditam que a tecnologia foi um fator influenciador chave se comparado com os 32% da geração do milênio em geral. Setenta e um por cento dos líderes da geração do milênio brasileiros acreditam ter excelente conhecimento pessoal e nível de conforto com tecnologia se comparado aos 45% da geração do milênio brasileira em geral.
Oitenta e três por cento dos líderes da geração do milênio brasileiros acreditam que chegar ao topo da carreira é muito importante, comparado a 71% da geração do milênio brasileira. Quarenta e sete por cento da geração do milênio disse ser fácil ou muito fácil fazer a progressão da escola ao local de trabalho, comparado aos 61% dos líderes da geração do milênio brasileiros.

Os líderes da geração do milênio brasileiros são civicamente engajados e usam tecnologia para manter-se informados sobre política. 58% dos líderes da geração do milênio brasileiros afirmam sempre participar do processo político de seu país, comparado aos 51% da geração Y do Brasil. Além disso, 69% concordam fortemente que a tecnologia tornou-os mais bem informados sobre questões políticas em seu país, em comparação aos 57% da geração do milênio brasileira. O Brasil tem uma das maiores concentrações de líderes da geração do milênio (18% ante 11% mundialmente).

Na maneira como veem o uso da tecnologia e o impacto que isto causa em suas vidas, a pesquisa aponta para uma lacuna de gênero entre homens e mulheres. Por exemplo, 32% dos homens consideram estar na vanguarda da tecnologia, comparado com 21% das mulheres. Quase metade (49%) dos homens brasileiros descreve seu conhecimento pessoal e conforto com a tecnologia como excelentes, em comparação a 40% das mulheres com esta opinião. Os homens brasileiros também acreditam mais firmemente que a tecnologia teve influência na maneira como moldaram sua visão sobre a vida (42% ante 21% feminino).

Os homens brasileiros da geração do milênio têm duas vezes mais probabilidade de tornarem-se líderes da geração do milênio do que as mulheres desta mesma geração (22% comparado a 13%).

A pesquisa também fornece um novo olhar sobre a visão da geração do milênio brasileira a respeito de grande leque de assuntos atuais:

Mais de três quartos (81%) acham que os melhores dias do Brasil ainda estão por vir.

A geração do milênio brasileira se descreve como mais otimista de que seus parceiros globais, pois 58% dizem ser otimistas sobre seu futuro, em comparação com 32% mundialmente.

86% acreditam que sua qualidade de vida é melhor atualmente do que era na geração de seus pais.
Apesar da confiança em si e em seu país, a geração do milênio brasileira preocupa-se com as desigualdades sociais e a educação (24% cada), citando estes fatores como os mais importantes a afetarem a região, seguidos por saúde (17%) e pobreza (11%).

70% afirmam que a questão de mudanças climáticas é muito urgente, comparada aos 53% em nível global.

Mais da metade acredita que tanto a economia global quanto as regionais estão caminhando na direção incorreta (54% e 52% respectivamente).

52% disseram ser difícil para pessoas de sua geração fazer a progressão da escola ao local de trabalho.

Mais da metade (53%) concorda fortemente que o que eles são como indivíduo está ligado ao tipo de trabalho que fazem.

87% esperam ter dinheiro suficiente para aposentar-se de maneira confortável, comparado a 61% no resto do mundo.

70% da geração do milênio brasileira escolheu que ser feliz é mais importante do que ser rico, bem sucedido ou famoso.

37% acreditam que a tecnologia é o campo de estudo mais importante para garantir sucesso pessoal no futuro.

A geração do milênio brasileira acredita que votar (91%), casar com quem se escolhe (81%) e liberdade de expressão (81%) são direitos e não privilégios.

Metodologia da pesquisa

A Telefónica, em parceria com o Financial Times, encomendou uma pesquisa quantitativa de entrevistas online com 12.171 indivíduos da geração do milênio, com idades entre 18 e 30 anos em 27 países ao redor de seis regiões do mundo, incluindo América do Norte, América Latina, Europa Ocidental, Central e Oriental, Ásia e Oriente Médio/África.
A empresa Penn Schoen Berland conduziu uma pesquisa com 190 questões de 11 de janeiro a 4 de fevereiro de 2013. Foram pesquisados integrantes da geração do milênio da Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, República Tcheca, Egito, França, Alemanha, Índia, Israel, Itália, Japão, Arábia Saudita, Coréia, México, Peru, Polônia, Rússia, África do Sul, Espanha, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e Venezuela.
O tamanho da amostra de cada país representado no número global foi ponderado pelo percentual da população local com acesso a internet. A margem de erro global foi de +/-0.9%. No Brasil, 1028 adultos da geração do milênio foram pesquisados, com margem de erro de +/-3.1%.

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