Os vídeos acima mostram a gravação do trabalho de três amigos que, durante 44 dias, saíram explorando 11 países com apenas duas câmeras na mão. Tais vídeos baseiam-se nos conceitos “Move” (Movimento), “Learn” (Aprendizagem) e “Food” (Comida). Esse trabalho todo, para os jovens andarilhos, pode ter um significado diferente do qual eu irei, hipoteticamente, apresentar aqui.
Bom, a discussão que levanto após ver esses vídeos é: de que maneira e/ou até que ponto nós e, mais especificamente, cada um como indivíduo e até mesmo como cada EU- INTERIOR, estamos presos aos valores étnicos, culturais e sociais em que nos inscrevemos. Há um limite entre o sujeito caracterizado diante de aspectos físicos, psicológicos, discursivos e sociais e o TU novo que desperta desse EU- INTERIOR “deslocado” por certos momentos, devido, supostamente, ao engajamento desse sujeito em outras culturas e meios comunicativos. E que esse TU novo, ao “retornar” ao seu EU-INTERIOR “de origem”, possivelmente, volta com novas características influenciadas pelos meios culturais, sociais, políticos entre outros que circulou. Portanto, como é que se dá essa relação, há limites ou traços que identificam, a partir de um ponto, o começo de um TU novo. Se é um TU novo, não acaba sendo também um EU-INTERIOR “de origem”? Pois se estamos sempre nos constituindo corporalmente dos mais variados valores sociais, étnicos, culturais existentes, como exemplo, as vestimentas, os gestos, o andar, entre outros e, mentalmente, formações discursivas, produções orais, compreensão dos fatos, de algo e de coisas postas no mundo em que vivemos. Então, podemos dizer que a “criação” de um TU novo ocorre simultaneamente a cada comunicação que fazemos?!
Thayara Galterio
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