fonte: http://www.ginga.org.br |
- O que é o Ginga?
Middleware é uma camada de software posicionada entre o código
das aplicações e a infra-estrutura de execução (plataforma de hardware e
sistema operacional). Um middleware para aplicações de TV digital
consiste de máquinas de execução das linguagens oferecidas, e
bibliotecas de funções, que permitem o desenvolvimento rápido e fácil de
aplicações.
Ginga é o nome do middleware do Sistema Nipo-Brasileiro de TV Digital Terrestre (ISDB-TB) e Recomendação ITU-T para serviços IPTV.
- Por que o nome Ginga?
Ginga é uma qualidade, quase indefinível,de movimento e
atitude que nós brasileiros possuímos e que é evidente em tudo o que
fazemos. A forma como caminhamos, falamos, dançamos e nos relacionamos
com tudo em nossas vidas.
A ginga é um movimento fundamental da capoeira, nossa forma de luta por liberdade e igualdade.O nome Ginga foi escolhido em reconhecimento à cultura, arte e contínua luta por liberdade e igualdade do povo brasileiro.
Essa mesma luta esteve presente no processo de desenvolvimento do Ginga, tanto nos vários anos de trabalho árduo na PUC-Rio e na UFPB, quanto recentemente, quando foram rompidas várias barreiras para torná-lo a única inovação brasileira a compor o Sistema Nipo-Brasileiro de TV Digital.
- Por que o Ginga é software livre?
Desde sua concepção, Ginga levou em consideração a necessidade
de inclusão social/digital e a obrigação do compartilhamento de
conhecimento de forma livre.
Ginga é uma tecnologia que leva ao cidadão todos os meios para que ele obtenha acesso à informação, educação à distância e serviços sociais apenas usando sua TV, o meio de comunicação onipresente do país.
Ginga leva em consideração a importância da televisão, presente na totalidade dos lares brasileiros, como um meio complementar para inclusão social/digital. Ginga suporte para o que é chamado de "aplicações de inclusão", tais como T-Government, T-health e T-Leraning.
Ginga é uma especificação aberta, de fácil aprendizagem e livre de royalties, permitindo que todos os brasileiros produzam conteúdo interativo, o que dará novo impulso às TVs comunitárias e à produção de conteúdo pelas grandes emissoras.
O ambiente declarativo do Ginga, chamado Ginga-NCL tem também uma implementação de referência em código aberto, desenvolvida pelo Laboratório TeleMídia da PUC-Rio.
Adotando a licença GPLv2, o laboratório TeleMídia garante o acesso permanente a toda a evolução do código publicado na Comunidade Ginga, sejam quais forem suas aplicações e autores daqui em diante. - Como posso colaborar com a Comunidade Ginga?
Temos diversas frentes de trabalho na nossa comunidade, de forma que
todos os membros possam colaborar. Escolha suas formas de colaboração:
- Reporte sua experiência usando as ferramentas;
- Reporte problemas (bugs) detectados ao executar as ferramentas;
- Corrija o código-fonte original para contornar problemas (bugs) detectados;
- Inclua funcionalidades ainda ausentes no código-fonte original;
- Use sua criatividade e desenvolva programas interativos;
- Aprenda a usar nossas tecnologias e seja um multiplicador desse conhecimento;
- Responda nossos questionários, isso nos ajudará a tornar a Comunidade Ginga ainda mais produtiva;
- Divulgue notícias sobre o Ginga nos blogs, jornais, revistas, etc;
- Crie sua própria frente de trabalho!
- Onde encontro as ferramentas e/ou o código-fonte para download?
Você encontra as ferramentas aqui e os códigos-fonte devem ser baixados a partir do SVN do Portal do Software Brasileiro (necessita cadastro na Comunidade Ginga). Neste momento, estão disponíveis a ferramenta de autoria Eclipse e a máquina de apresentação Ginga-NCL.
- Onde encontro as Normas ABNT relacionadas ao Ginga para download?
O Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre publicou junto à
ABNT uma série de Normas que padronizam a TV Digital. Os documentos
são de livre acesso, gratuitamente. Para as normas específicas do Ginga,
siga para a seção Normas e Recomendações.
Selecione aqui para obter Normas ABNT
- Onde encontro as Recomendações ITU-T relacionadas ao Ginga para download? A International Telecommunication Union (ITU-T) publicou uma série de Normas que padronizam os serviços IPTV. Os documentos são de livre acesso, gratuitamente. Para as normas específicas do Ginga, siga para a seção Normas e Recomendações.
Incorporação do Ginga fica para 2013
ResponderExcluirLúcia Berbert
Do Tele.Síntese
24/02/2012 - A inclusão do middleware Ginga nos televisores somente será exigida a partir de 1º de janeiro de 2013 e vale para 75% dos aparelhos produzidos, de acordo com a portaria interministerial publicada esta sexta-feira (24) no Diário Oficial da União. Pelo texto, que modifica o Processo Produtivo Básico (PPB) de setembro de 2011, entre julho e dezembro deste ano, a inclusão do middleware da interatividade é opcional.
A decisão encerra a queda de braço entre governo e indústria sobre o cronograma para incorporação do Ginga nos televisores com tela de cristal líquido produzido na Zona Franca de Manaus. A proposta do governo era de que o middleware fosse incluído em 50% de todos os televisores a partir de junho deste ano, exigência já flexibilizada da que foi apresentada em setembro do ano passado, na proposta do PPB que foi a consulta pública, de 75% dos televisores a partir de janeiro deste ano.
A indústria, por sua vez, defendia a inclusão do Ginga em 10% das TVs conectadas a partir de outubro deste ano, alegando que não tinha condições de atender a exigência da proposta governamental. Os fabricantes chegaram a ameaçar entrar na Justiça, caso esse cronograma fosse imposto. Acabaram vencedores da disputa.
A proposta da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros), além de 10% dos televisores conectados em outubro deste ano, previa a inclusão do Ginga em 50% dos televisores em 2013 e em perto de 95% dos aparelhos em 2014, ano da Copa do Mundo. Já o PPB publicado hoje, além dos 75% dos televisores com Ginga até 31 de dezembro de 2013, prevê a inclusão do middleware da interatividade da TV digital em 90% dos televisores produzidos a partir de 1º de janeiro de 2014.